Trilha Interpretativa em Unidade de Conservação na Caatinga

Construindo Saberes em um Espaço para Educação Não Formal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/OT2021v23.n.3.58443

Palavras-chave:

Conservação, Educação, Ensino, Interpretação Ambiental, Semiárido

Resumo

Este trabalho teve por objetivo promover ações educativas e de sensibilização para conservação da caatinga através de trilhas interpretativas, estimulando o olhar investigativo, o protagonismo e a interdisciplinaridade. Foi desenvolvido com 39 alunos da Escola de Referência em Ensino Médio Desembargador João Paes, cidade de Serrita-PE, a partir da utilização de trilhas interpretativas em uma Unidade de Conservação de uso sustentável, Floresta Nacional de Negreiros, Serrita/PE (FLONA). Nessa vivência os participantes registraram os aspectos bióticos e abióticos da caatinga que foram socializados na escola através de uma exposição. A atividade na trilha proporcionou um olhar investigativo e interdisciplinar, promovendo discussões durante sua execução, sendo perceptível a empolgação dos educandos na realização das atividades no decorrer da vivência. O protagonismo no planejamento, o compartilhamento de ideias entre os grupos, a organização do material coletado (registro fotográfico e diálogos) antes e durante a exposição, a trilha na escola foi marcante, evidenciando o aprendizado teórico, procedimental e atitudinal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Geraldo Martins de Oliveira Júnior, UFPE

Mestre em Ensino de Biologia, Universidade Federal de Pernambuco UFPE/CAV 

Ednilza Maranhão dos Santos, UFRPE

Professora Doutora do Departamento de Biologia e coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Anfíbios e Répteis, e-mail: ednilza.santos@ufrpe.br

Luiz Augustinho Menezes da Silva, UFPE

Professor. Universidade Federal de Pernambuco UFPE, Centro Acadêmico de Vitória, Núcleo de Biologia, e-mail: luiz.augustinho@ufpe.br

Referências

AGUIAR, P. W.; PADUA, S. M.; GOMES, M. A.O.; UEZU, A. Subsídios para o planejamento de trilha no Parque Estadual da Serra Furada (SC). Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v.3, n.3, p.498-527, 2010.
ANDRADE, W. J.; ROCHA, R. F. Manejo de trilhas: um manual para gestores. São Paulo, SP: Instituto Floresta Série Registros, 2008.
ARAÚJO, E. P.; NASCIMENTO, E. I. A.; ARAÚJO, E. M. A aula de campo numa perspectiva interdisciplinar na educação básica do ensino fundamental. In: GONÇALVES, F. A. M. F (Org). Ensino de ciências e educação matemática. Ponta Grossa (PR): Atena Editora, 2019.
BARBOSA, J. T. C.; BARRETO, R. M. F. Análise da dieta de mamíferos de médio e grande porte da Floresta Nacional de Negreiro – PE. In: REUNIÃO ANUAL DA SBPC, 65., 2013, Recife. Anais [...] Recife: SBPC, 2013. Disponível em http://www.sbpcnet.org.br/livro/65ra/resumos/areas/listaC.14.5.htm. Acesso em: 02 maio 2020.
BRASIL. Decreto s/n de 11 de outubro de 2007. Cria a Floresta Nacional de Negreiros, no Município de Serrita, Estado de Pernambuco, com os limites que específica, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 11 out. 2007.
______. Efetividade de Gestão das Unidades de Conservação Federais do BRASIL. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2007.
CARVALHO, J.; BÓÇON, R. Planejamento do traçado de uma trilha interpretativa através da caracterização florística. Revista Floresta, Curitiba, v. 34, n. 1, p. 23-32, 2004.
COPATTI, C. E.; MACHADO, J. V. V.; ROSS, B.O uso de trilhas ecológicas para alunos do Ensino Médio em Cruz Alta-RS como instrumento de apoio a prática teórica. Revistaea, Novo Hamburgo, ano 9, n. 34, dez. 2010/Fev. 2011.
CRUZ, C. A.; SOLA, F. As unidades de conservação na perspectiva da Educação ambiental. Revista de Educação Ambiental, Rio Grande-RS, v. 22, n. 2, p. 208-227, 2017.
CUNHA, M. B. A Fotografia Científica no Ensino: Considerações e Possibilidades para as Aulas de Química. Quím. nova esc., São Paulo-SP, v. 40, n 4, p. 232-240, 2018.
CURADO, P. M.; ANGELINI, R. Avaliação de atividade de Educação Ambiental em trilha interpretativa, dois a três anos após realização. Acta Sci. Biol. Sci. Maringá, v. 28, n. 4, p. 395-401, 2006.
DI TULLIO, A. A abordagem participativa na construção de uma trilha interpretativa como uma estratégia de educação ambiental em São José do Rio Pardo-SP. 2005. 207 fls. Dissertação (Mestrado em Ciências da Engenharia Ambiental) – Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005.
FARIAS, G. B.; PEREIRA, G. A.; BURGOS, K. Q. Aves da Floresta Nacional de Negreiros (Serrita, Pernambuco). Atualidades Ornitológicas On-line, Ivaiporã-PR, n. 157, p. 41-46, 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Área territorial- cidades. Rio de Janeiro: IBGE, [2010]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/serrita/panorama Acesso em: 01 nov. 2018.
LIMA-GUIMARÃE, S. T. Trilhas Interpretativas e Vivências na Natureza: aspectos relacionados à percepção e interpretação da paisagem. Caderno de Geografia, Rio Claro -SP, v.20, n.33, 2010.
MONTEIRO, D. M. Levantamento fitossociológico da Floresta Nacional de Negreiros, PE, como subsídio à elaboração do Plano de Manejo. 2014. 44 fls. (Dissertação), Rio de Janeiro, 2014.
NASCIMENTO, J. E. A.; ARAÚJO FILHO, G. A. C.; SANTOS, E. M. Trilhas Interpretativas como um potencial pedagógico: Redescobrindo a Caatinga. Olhares & Trilhas, Uberlândia, v.21, n.3, p.523-537, 2019.
OLIVEIRA, S. C C.; NISHIDA, A. K. A Interpretação Ambiental como Instrumento de Diversificação das Atividades Recreativas e Educativas das Trilhas do Jardim Botânico Benjamim Maranhão (João Pessoa, Paraíba, Brasil). Revista Turismo Visão e Ação – Eletrônica, Balneário Camboriú – SC, v. 13, n 2 - p. 166-185, 2011.
PEREIRA, E. N.; SANTANA, M. M. S.; TELES, M. J. L.; SANTOS, E. M. Atividades Lúdicas como Ferramenta para Educação Ambiental sobre Anfíbios e Répteis em Unidade De Conservação no Sertão de Pernambuco. Revistaea, Novo Hamburgo, RS, v. 12, n. 44, 2013.
PEREIRA, E. N.; TELES, M. J. L.; SANTOS, E. M. Herpetofauna em remanescente de Caatinga no Sertão de Pernambuco, Brasil. Bol. Mus. Biol. Mello Leitão, Santa Teresa, v. 37, n. 1, p. 29-43, 2015.
REZENDE, V. L.; CUNHA, F. L. Os desafios do uso de trilhas em unidades de conservação. Fórum Ambiental da Alta Paulista, [s.l.], v. 10, n. 3, p. 29-41, 2014.
ROCHA, M.; PIN, J. R. Compreensões sobre meio ambiente: visitas mediadas no Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro. Terrae Didatica. Campinas, SP, v.15, p. 1-9, 2019.
SANTOS, M. C.; FLORES, M. D.; ZANIN, E. M. Trilhas Interpretativas como Instrumento de Interpretação, Sensibilização e Educação Ambiental Na APAE de Erechim/RS. Vivências, Erechim, v.7, n.13, p.189-197, 2011.
SILVA, J. M. C.; LEAL, I. R.; TABARELLI, M. Caatinga: The Largest Tropical Dry Forest Region in South America. London: Springer, 2017.
SILVA, M. C. A. L.; CRUZ, V. M. A. C.; SILVA, F. F. A aprendizagem significativa uma interface com protagonismo juvenil: numa perspectiva socioafetiva. Rev. Psicopedagogia, São Paulo, v. 30, n. 91, p. 12-20, 2013.
SILVA, M. M. A. S.; LIMA, P. V. P. S.; KHAN, A. S.; ROCHA, L. A. Educação no semiárido brasileiro: contextualizando a educação ambiental como estratégia de desenvolvimento sustentável. Revbea, São Paulo, v. 11, n. 4, p. 289-305, 2016.
SILVA, M. S.; CAMPOS, C. R. P. Aulas de campo para a alfabetização científica: uma intervenção pedagógica no parque estadual da Fonte Grande (Vitória/ES). Imagens da Educação, Maringá, v. 8, n. 2, p. 1-17, 2018.
______. Atividades investigativas na formação de professores de ciências: uma aula de campo na Formação Barreiras de Marataízes, ES. Ciênc. Educ., Bauru, v. 23, n. 3, p. 775-793, 2017.
SILVA, P. G.; LIMA, D. S. Padlet como Ambiente Virtual de Aprendizagem na Formação de Profissionais da Educação. Rev. Renote, Porto Alegre, v. 16, n. 1, p. 83-92, 2018.
VASCONCELLOS, J. M. O. Avaliação da visitação pública e da eficiência de diferentes tipos de trilhas interpretativas no Parque Estadual Pico do Marumbi e Reserva Natural Salto Morato- PR. 1998. 139 fls. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 1998.
______. Interpretação Ambiental. In: MITRAUD, S. (Org). Manual de Ecoturismo de Base Comunitária: Ferramenta para um planejamento responsável. Brasília: Instituto EcoBrasil, 2003.

Downloads

Publicado

2021-10-15

Como Citar

MARTINS DE OLIVEIRA JÚNIOR, G.; MARANHÃO DOS SANTOS, E.; MENEZES DA SILVA, L. A. . Trilha Interpretativa em Unidade de Conservação na Caatinga : Construindo Saberes em um Espaço para Educação Não Formal. Olhares & Trilhas, [S. l.], v. 23, n. 3, p. 1355–1376, 2021. DOI: 10.14393/OT2021v23.n.3.58443. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/view/58443. Acesso em: 23 dez. 2024.