Em Busca de vestígios e sinais de um professor em formação experiencial
O que revelam suas narrativas autobiográficas?
DOI:
https://doi.org/10.14393/OT2020v22.n.2.55629Palavras-chave:
Movimento (auto)biográfico. Narrativas autobiográficas. Aprendizagem experiencial.Resumo
Interpretamos duas narrativas autobiográficas de um dos autores do artigo, buscando responder às questões: Como esse contar sobre a história vida de um professor colabora para a formação docente? Que contribuições a abordagem (auto)biográfica e a hermenêutica trazem às narrativas e à formação de professores? Na interpretação das narrativas utilizamos a noção de tempo de Ricoeur (2010) e de aprendizagens experienciais de Josso (2010). As histórias estão preenchidas por imagens-vestígios e imagens-sinais. Na narrativa, a memória resgata do passado imagens-vestígios enquanto que a expectativa evoca acontecimentos que ainda não existem na forma de imagens-sinais, antecipando o futuro. Então, o brincar de ser professor na infância funcionou como uma imagem-vestígio que a memória do narrador resgatou no presente. Ao ser trazida para as narrativas, essa brincadeira antecipou um futuro que está presente, sua condição de professor. Como conclusão encontramos que: a) os estudos (auto)biográficos podem favorecer a reflexão do professor, de modo que se volte sobre sua própria história de vida e possa tornar-se sujeito de sua formação; b) pela escrita das narrativas o sujeito ganha existência, sintoniza-se com a sua história, atualizando-a, revisitando imagens de um tempo vivido consigo mesmo, com outras pessoas e em diferentes contextos.
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