Em Busca de vestígios e sinais de um professor em formação experiencial

O que revelam suas narrativas autobiográficas?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/OT2020v22.n.2.55629

Palavras-chave:

Movimento (auto)biográfico. Narrativas autobiográficas. Aprendizagem experiencial.

Resumo

Interpretamos duas narrativas autobiográficas de um dos autores do artigo, buscando responder às questões: Como esse contar sobre a história vida de um professor colabora para a formação docente? Que contribuições a abordagem (auto)biográfica e a hermenêutica trazem às narrativas e à formação de professores? Na interpretação das narrativas utilizamos a noção de tempo de Ricoeur (2010) e de aprendizagens experienciais de Josso (2010). As histórias estão preenchidas por imagens-vestígios e imagens-sinais. Na narrativa, a memória resgata do passado imagens-vestígios enquanto que a expectativa evoca acontecimentos que ainda não existem na forma de imagens-sinais, antecipando o futuro. Então, o brincar de ser professor na infância funcionou como uma imagem-vestígio que a memória do narrador resgatou no presente. Ao ser trazida para as narrativas, essa brincadeira antecipou um futuro que está presente, sua condição de professor. Como conclusão encontramos que: a) os estudos (auto)biográficos podem favorecer a reflexão do professor, de modo que se volte sobre sua própria história de vida e possa tornar-se sujeito de sua formação; b) pela escrita das narrativas o sujeito ganha existência, sintoniza-se com a sua história, atualizando-a, revisitando imagens de um tempo vivido consigo mesmo, com outras pessoas e em diferentes contextos.

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Biografia do Autor

Gustavo Ferreira, Instituto Federal Goiano

Sou professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Ceres. Doutorando em Educação em Ciências na Universidade de Brasília (PPGEduC/UnB). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia e graduado em Ciências Biológicas pela mesma instituição.

Maria Luiza Gastal, Universidade de Brasília

Possui em Bacharelado em Ciências Biológicas - Ênfase em Zoologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1981), Licenciatura Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), mestrado em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1991) e doutorado em Ecologia pela Universidade de Brasília (1997). Atualmente é professora adjunta da Universidade de Brasília, no Núcleo de Educação Científica do Instituto de Ciências Biológicas - NECBIO. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino de Ciências, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de ciências, ensino de biologia, história e filosofia da ciência no ensino de ciências.

Maria Rita Avanzi, Universidade de Brasília

Atua como Professora Adjunta do Núcleo de Educação Científica (Necbio) da Universidade de Brasília, desde 2009. Compõe o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, com inserção na linha de pesquisa Educação Científica e Cidadania, na qual orienta discentes de mestrado e doutorado. No campo da Educação Ambiental desenvolve estudos sobre diálogo de saberes,na educação formal e com comunidades. Também atua no campo da pesquisa (auto)biográfica e formação de professores/as. É doutora em Educação pela Faculdade de Educação da USP (2005), mestre em Educação também pela Faculdade de Educação da USP (1998) e graduada em Ciências Biológicas - Bacharelado - pela UNESP - Rio Claro (1991).

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Publicado

2020-08-25

Como Citar

FERREIRA, G.; GASTAL, M. L.; AVANZI, M. R. Em Busca de vestígios e sinais de um professor em formação experiencial: O que revelam suas narrativas autobiográficas?. Olhares & Trilhas, [S. l.], v. 22, n. 2, p. 183–202, 2020. DOI: 10.14393/OT2020v22.n.2.55629. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/view/55629. Acesso em: 22 dez. 2024.