O branding do e-commerce
os papeis onomínico, semiótico e psicossocial na construção da identidade pós 4.0 - caso Magalu
DOI:
https://doi.org/10.14393/Lex12-v6n2a2021-2Palavras-chave:
Magazine Luiza/ Magalu, Onomástica, Identidade, SemióticaResumo
Este estudo transdisciplinar focaliza a gestão da marca (branding) Magazine Luiza/Magalu a partir de uma revisitação histórica: da origem da empresa ao paradigma pandêmico associado à Covid-19. Propomos um diálogo com a área da Publicidade pela ótica da Onomástica – estudo dos nomes próprios, bem como nos apoiamos nos estudos semióticos e da identidade quanto à interpretação do signo publicitário e das estratégias de consolidação de marcas. Com base na relação entre a construção identitária da marca Magalu e as questões onomínicas e semióticas envoltas em tal processo subjetivo, perguntamos qual mensagem emotiva advém da mudança gradual do nome da marca (oniônimo) de Magazine Luiza para Magalu e quais são – se presentes – as relações desse fenômeno ao aperfeiçoamento digital e à humanização da personagem Lu: ícone da empresa. Quanto à análise interpretativista dos significados fenomenológicos, a hipocorização presente no novo oniônimo (nome comercial) e a interação sociodigital intimista empreendida pela personagem Lu mostraram agregar afetividade ao signo sociocultural da empresa, tal qual propor indícios da possibilidade de ascensão de uma nova identidade publicitária, a que chamamos “pós 4.0”: marcada pelo devir identitário oriundo da horizontalização das marcas e das infiltrações do meio digital.
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