A criatividade no gesto de apropriação da língua escrita
DOI:
https://doi.org/10.14393/OT2022v24.n.2.64169Palavras-chave:
Criatividade. Escrita. Sujeito. Ensino. Gêneros textuais.Resumo
Neste artigo, propomo-nos problematizar o ensino da escrita em Língua Portuguesa no espaço escolar, sob a óptica da criatividade, filiando-nos à teoria da Enunciação de Émile Benveniste. Pressupondo-se que a manifestação de criatividade é constitutiva da prática de escrita, demonstramos nesta pesquisa que a propalada discursividade, em circulação no espaço escolar brasileiro, de que o aluno não sabe escrever de modo criativo está baseada em uma noção de criatividade que contradiz o próprio funcionamento do espaço político-simbólico escolar. Dessa forma, neste estudo, a criatividade refere-se ao modo de subjetivação do aluno em relação ao conhecimento apre(e)ndido. Portanto, nosso objetivo é compreender a manifestação de criatividade na produção textual escrita, produzida em espaço escolar, por alunos do Ensino Fundamental II, por meio do acompanhamento do trabalho de uma professora da rede pública municipal do interior de Minas Gerais, em uma sequência didática voltada à produção do gênero textual “texto de opinião”.
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