Ensino de Inglês como língua adicional para e com crianças:

repensando a prática por meio da abordagem CLIL integrada à experiência de Dewey

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/OT2024v26.n.1.71327

Palavras-chave:

Ensino. Aprendizagem. Inglês. Crianças.

Resumo

Neste estudo, discutimos o ensino de inglês como língua adicional para (MALTA, 2019) e com crianças (TONELLI, 2021). Para tanto, examinamos o papel da criança na escola a partir da perspectiva da experiência de Dewey (1938), estabelecemos relações com a metodologia CLIL (Content Language Integrated Learning) para esse contexto e discutimos a implementação de uma unidade didática que visou englobar as duas perspectivas em uma escola bilíngue de prestígio com currículo na fase inicial de implementação. Os resultados apontam para um maior engajamento dos alunos, aprendizagem ativa, cooperação e maior participação oral em língua inglesa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Helena dos Santos Kieling, Escola Mário Quintana

É Doutora em Letras e desde a graduação (Licenciatura em Letras Português e Inglês e Respectivas Literaturas) trabalha com ensino de Língua Inglesa buscando sempre a articulação entre saberes teóricos e práticos. Foi professora e Orientadora Pedagógica no Yázigi em Pelotas de 2007 a 2017. Em 2017, concluiu o Mestrado em Letras - Linguística Aplicada - pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Católica de Pelotas com pesquisa sobre a Implementação do Blended Learning (Ensino Híbrido) no ensino de Inglês durante a formação docente. Ainda em 2017 iniciou seu trabalho como Professora Substituta de Língua Portuguesa e Língua Inglesa no Instituto Federal Sul-rio-grandense, Câmpus Jaguarão, onde atuou por dois semestres. Em 2018, ingressou como professora de Inglês no Programa Bilíngue da Escola Mario Quintana em Pelotas e no Doutorado em Estudos da Linguagem da UFPel com pesquisa sobre Abordagem Ecológica e Metodologias Ativas para educação linguística na infância. Atualmente é Coordenadora Bilíngue na escola Mario Quintana, membro da ABRASEP (Associação Brasileira de Educação Plurilíngue) e do grupo de pesquisa Felice (CNPQ). Em 2021 concluiu a Especialização em Educação Bilíngue e Cognição pela IENH. Seus interesses de pesquisa envolvem Metodologias Ativas, Ensino e Aprendizagem de Línguas Adicionais, Educação Linguística na Infância, Educação Bilíngue, bem como tudo o que envolve formação e desenvolvimento de professores.

Helena Vitalina Selbach, Universidade Federal de Pelotas

Professora adjunta no Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas. Atuou na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e na Universidade Franciscana (UFN). É doutora em Letras (Estudos Linguísticos) pela Universidade Federal de Santa Maria (2018), Mestre em Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), Bacharel em Letras (Português-Inglês) pela mesma universidade (2000) e Licenciada em Letras (Português-Inglês) pela Universidade Franciscana (2017). Suas áreas de interesse, inscritas na Linguística Aplicada, voltam-se a práticas de letramento, ensino e aprendizagem de línguas adicionais e educação inicial e continuada de professores de línguas.

Juliana Reichert Assunção Tonelli, Universidade Estadual de Londrina

Professora Associada no Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Estadual de Londrina. Docente efetiva do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPGEL-UEL) e do Mestrado Profissional de Línguas Estrangeiras Modernas. Vice-coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) da ANPOLL: Formação de educadores na Linguística Aplicada da Anpoll e líder do GP/CNPq/FELICE/ UEL. Possui graduação em Administração de empresas pela Universidade Estadual de Londrina (1995), mestrado (2005) e doutorado (2012) em Estudos da Linguagem (UEL). Tem estágio de pós-doutorado em Didática das Línguas pela Universidade de Genebra UNIGE (2013); pela UNB (2018) e pela UNEMAT (2019). Atuou como professora de inglês em escola bilíngue e foi coordenadora da área de Língua Inglesa na rede particular de ensino na cidade de Londrina. Tem experiência na área de Linguística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: educação linguística em línguas adicionais; infâncias; gêneros textuais, educação inicial e continuada de professores de línguas. Possui especial interesse nas práticas de sala de aula e de formação de professores de línguas adicionais em contexto de estágio, de iniciação à docência e formação docente no âmbito das políticas públicas voltadas à contextos (in)explorados tais como o ensino e aprendizagem de línguas adicionais nos anos iniciais de escolarização; práticas interacionais e discursivas em contextos escolares multilíngues e a alunos com necessidades educacionais específicas. Foi chefe do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da UEL (2016-2018) e Diretora Pedagógica da Coordenaria de Processos Seletivos (COPS) na mesma Universidade (2018-2022). Fez parte da equipe de avaliação das obras do PNLD/2024 e do Grupo de Pesquisa GRAFE-PRISME na Universidade de Genebra (UNIGE). Parecerista do CNPq, da CAPES e da FAPESP. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

Referências

BIALYSTOK, E. Bilingualism in development: Language, literacy and cognition. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. 304 p.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-2013-pdf/file. Acesso em: 20 mai. 2024.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC): educação é a base. Brasília, DF: MEC/CONSED/UNDIME, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 20 mai. 2024.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional da Educação, Câmara da Educação Básica. Parecer CNE/CEB Nº 02/2020. Distrito Federal: Ministério da Educação, 9 jul 2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/setembro-2020-pdf/156861-pceb002-20/file. Acesso em: 20 mai. 2024.

COLOMBO, C. S.; CONSOLO, D. A. O ensino de Inglês como Língua Estrangeira para Crianças no Brasil: cenários e reflexões. 1 ed. São Paulo: Cultura acadêmica, 2016. 216 p.

COSTA LEITE, P. M. DE C.; RIZZUTI, G.; DE SOUZA RIBEIRO, J. J. Inglês na Infância, pra quê (quem?) Os Letramentos Críticos Aliados à Abordagem CLIL no Ensino de Língua Inglesa no Fundamental I: relatos de experiência. Papéis: Revista do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens - UFMS, v. 26, n. 51, p. 1-21, 2022. DOI: https://doi.org/10.55028/papeis.v26i51.14738.

COYLE, D. Content and Language Integrated Learning: Towards a Connected Research Agenda for CLIL Pedagogies. International Journal of Bilingual Education and Bilingualism, v. 10, n. 5, p. 543-562, 2007. DOI: https://doi.org/10.2167/beb459.0.

COYLE, D.; HOOD, P.; MARSH, D. CLIL Content and Language Integrated Learning. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. 173 p. DOI: https://doi.org/10.1017/9781009024549.

DEWEY, J. Experience and Education. New York: Macmillan, 1938. 116 p.

ELLISON, M. CLIL in the primary school context. In: GARTON, S.; COPLAND, F. (Eds.) The Routledge Handbook of Teaching English to Young Learners. London: Routledge, 2019, p. 247-268. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315623672.

GALVÃO, A. S. M. Formação inicial de professores de inglês para a educação infantil em contextos brasileiros: Diálogos possíveis e desejáveis. 2022. 272 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada). Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2022.

HALLIWELL, S. Teaching English in primary School. Edinburgh Gate: Addison Wesley Longman Limited, 1998. 176 p.

IANCO-WORRALL, A. D. Bilingualism and cognitive development. Child Development, v. 43, n. 4, p. 1390-1400, 1972.

LADEIA, R.; BRENTANO, L de B.; LEMKE, C. E.; FINGER, I. Educação bilíngue: caminhos para implementação. Novo Hamburgo: Faculdade IENH, 2020. 33 p.

MAGIOLO, G. M. Sequência didática do gênero história infantil: educação linguística em língua inglesa na infância e sensibilização às diferenças. 2021. 245 f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem). Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2021.

MALTA, L. S. Além do que se vê: educação crítica e letramentos, formação de professores e prática docente no ensino de inglês com crianças de 2 a 5 anos. 2019. 128 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) - Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2019.

MEHISTO, P., MARSH, D.; FRIGOLS, M. J. Uncovering CLIL: Content and Language Integrated Learning in Bilingual and Multilingual Education. Oxford: Macmillan Education, 2008. 238 p.

MOON, J. Teaching English to Young Learners: the challenges and the benefits. InEnglish, n. 5, p. 30-34, 2005.

RAJAGOPALAN, K. O professor de línguas e a suma importância do seu entrosamento na política linguística de seu país. In: CORREA, D. A. (Org.). Política linguística e ensino de línguas. Campinas: Pontes Editores, 2014, p. 73-82.

ROCHA, C. H. Provisões para ensinar LE no ensino fundamental de 1ª a 4ª séries: dos parâmetros oficiais e objetivos dos agentes. 2006. 340 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada). Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

ROCHEBOIS, C. B. Ensinar uma língua estrangeira às crianças: Savoir-faire, Savoir-dire. Revista de Ciências Humanas, v. 2, n. 2, p. 285-296, 2013.

RUBBO, G. F. de S. Por que aprendemos línguas estrangeiras?: com a palavra, as crianças. 2016. 176 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2016.

SAAD, C. S. et al. Multiculturalism and Creativity: Effects of Cultural Context, Bicultural Identity, and Ideational Fluency. Social Psychological and Personality Science, v. 4, n. 3, p. 369-375, 2013. DOI: https://doi.org/10.1177/1948550612456560.

SANTOS, L. I. S. Língua inglesa em anos iniciais do ensino fundamental: fazer pedagógico e formação docente. 2009. 274 f. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos). Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São José do Rio Preto, 2009.

SECCATO, M. G.; TONELLI, J. R. A.; SELBACH, H. V. A panorama of the teaching of additional languages to children in Brazil. Revista Letra Magna, v. 18, n. 29, p. 34-46, 2022. DOI: https://doi.org/10.47734/lm.v18i29.2051.

TONELLI, J. R. A. Conceitos centrais sobre o ensino de línguas adicionais por meio de gêneros textuais. Rio de Janeiro: SME, 2021. 1 vídeo (79 minutos [Live]. Disponível em: (316) Conceitos centrais sobre o ensino de línguas adicionais por meio de gêneros textuais - YouTube Acesso em: 22/12/2021.

TONELLI, J. R. A. Do ensino de inglês para crianças à educação linguística em língua inglesa com elas: reflexões teóricas e redirecionamentos epistemológicos sob vozes múltiplas. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 62, n. 1, p. 58–73, jan. 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/010318138670567v6212023.

TONELLI, J. R. A.; CHAGURI, J. P. A importância de uma língua estrangeira na educação infantil. In: TONELLI, J. R. A; CHAGURI, J. P. (Orgs.). Espaço para reflexão sobre ensino de línguas. 1.ed. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2014, p. 247-275.

Downloads

Publicado

2024-05-28

Como Citar

DOS SANTOS KIELING, H.; SELBACH, H. V.; REICHERT ASSUNÇÃO TONELLI, J. Ensino de Inglês como língua adicional para e com crianças: : repensando a prática por meio da abordagem CLIL integrada à experiência de Dewey. Olhares & Trilhas, [S. l.], v. 26, n. 1, p. 1–19, 2024. DOI: 10.14393/OT2024v26.n.1.71327. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/view/71327. Acesso em: 31 out. 2024.