O lugar político-social do Inglês sem Fronteiras diante da internacionalização da educação superior brasileira
DOI:
https://doi.org/10.14393/OT2019v21.n.2.42973Palavras-chave:
Ensino de línguas estrangeiras, Políticas linguísticas, InternacionalizaçãoResumo
A criação do Ciência sem Fronteiras (CsF), programa federal que tinha por objetivo qualificar a ciência nacional por meio da mobilidade estudantil, trouxe à tona a baixa proficiência em língua estrangeira dos alunos brasileiros. Na tentativa de remediar a questão e direcionar os intercâmbios para universidades em países anglófonos - tidas como as melhores universidades do mundo - o governo federal criou o Inglês sem Fronteiras (IsF). Criado em 2012, o programa foi pensado a partir de três ações principais: aplicação de testes de proficiência para que os alunos tivessem conhecimento de sua proficiência na língua inglesa, oferecimento de cursos presenciais voltados aos mais proficientes e curso online voltado àqueles menos proficientes. Diante disto, o presente artigo traz os principais resultados de uma pesquisa que analisou a proposta e a dinâmica dos cursos propostos pelo IsF com o intuito de compreender como o programa se configurava. Por meio da aplicação de um questionário semiaberto (perguntas fechadas e abertas) sobre o funcionamento do programa, foi possível inferir como os cursos funcionam na prática e suas principais dificuldades diante do cenário de ensino de inglês no Brasil, assim como o lugar político-social em que o programa se inseriu em face dos desafios propostos pela agenda e interesses do CsF e pelos rumos da internacionalização da educação superior no mundo.
Downloads
Referências
ABREU-E-LIMA, D. M. et al. O programa Inglês sem Fronteiras e a política de incentivo à internacionalização do ensino superior brasileiro. In: SARMENTO, S.; ABREU-E-LIMA, D. M.; MORAES FILHO, W.B (Org.).Do inglês sem fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: A construção de uma política linguística para a internacionalização. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016. p. 19-46.
_____. MORAES FILHO, W. B. O programa Idiomas sem Fronteiras. In: SARMENTO, S.; ABREU-E-LIMA, D. M.; MORAES FILHO, W. B. (Org.). Do inglês sem fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: A construção de uma política linguística para a internacionalização. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016. p.293-308.
_____; MORAES FILHO, W. B.; MONTENEGRO, A. R. A. Perfil da área da língua inglesa nas universidades federais brasileiras. O programa Idiomas sem Fronteiras. In: SARMENTO, S.; ABREU-E-LIMA, D. M.; MORAES FILHO, W. B. (Org.). Do Inglês sem Fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: A construção de uma política linguística para a internacionalização. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016. p. 45-76.
CHAVES, V.; DE CASTRO, A. M. D. A. Internacionalização da educação superior no Brasil: programas de indução à mobilidade estudantil. Revista Internacional de Educação Superior, Campinas, SP, v. 2, n. 1, p. 118-137, maio 2016. ISSN 2446-9424. Disponível em: <http://ojs.fe.unicamp.br/ged/RIESup/article/view/7531>. Acesso em: 27 ago. 2016.
COHEN, L.; MANION, L.; MORRISON, K. Research Methods in Education. London: Routledge, 2000. p. 245-292
GIMENEZ, T. Narrativa 14: permanências e rupturas no ensino de inglês em contexto brasileiro. In: LIMA, Diógenes Cândido de. Inglês em escolas públicas não funciona?Uma questão, múltiplos olhares. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. p. 47-65.
JORDÃO, C. M. A posição do professor de inglês no Brasil: hibridismo, identidade e agência. Revista Letras & Letras, v. 26, n. 2, p. 247- 442. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 2010.
KIRSCH, W.; SARMENTO, S. Atividade docente, comunidades de prática e formação docente. In: SARMENTO, S.; ABREU-E-LIMA, D. M.; MORAES FILHO, W. B. (Org.). Do Inglês sem Fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: A construção de uma política linguística para a internacionalização. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016. p. 188-211.
KOBAYASHI, E. Efeito retroativo de um exame de proficiência em língua inglesa em um núcleo de línguas do programa Inglês sem Fronteiras. 2016. 187p. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016.
LEFFA, V. J. Prefácio. In: FINARDI, K. (Org) English in Brazil: views, policies and programs. Londrina, EDUEL, 2016. p. 7-11.
ONO, F. T. P. A ressignificação do global por atitudes locais na implementação do programa inglês sem fronteiras na UFRR. In: SARMENTO, S.; ABREU-E-LIMA, D. M.; MORAES FILHO, W.B (Org.). Do inglês sem fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: A construção de uma política linguística para a internacionalização. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016. p. 104-124.
PAIVA, V. L. M. O. A LDB e a legislação vigente sobre o ensino e a formação de professor de língua inglesa.In: STEVENS, C.M.T e CUNHA, M.J. Caminhos e Colheitas: ensino e pesquisa na área de inglês no Brasil. Brasília: UnB, 2003. p. 53-84.
SENHORAS, E. M.; SILVA NETO, T. A. Diplomacia e paradiplomacia educacional brasileira no contexto da ciência, tecnologia e inovação. Revista Mundorama. 2014. Disponível em: <https://www.mundorama.net/?p=14516>. Acesso em 15 dez. 2017.
SILVA, T. G. Inglês para quem?: as implicações do Programa Inglês sem Fronteiras no processo de internacionalização da educação superior brasileira. 2018. 107p. Dissertação (Mestrado em Linguagens, mídia e arte). Centro de Linguagem e Comunicação, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2018.
TÍLIO, R. Voices 1 - Livro do Professor1. ed. São Paulo: Richmond Educação LTDA, 2015. v. 1. 248p.
WELP, A. K. S.; FONTES, A. B. A. L.; SARMENTO, S. O programa Inglês sem Fronteiras na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. In: SARMENTO, S.; ABREU-E-LIMA, D. M.; MORAES FILHO, W.B (Org.). Do inglês sem fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: A construção de uma política linguística para a internacionalização. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016. p. 125- 150.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento irrestrito com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.