ANÁLISE DE MATERIAL DIDÁTICO DE LÍNGUA INGLESA
POSSIBILIDADES PARA A CONSTRUÇÃO DE UM CONHECIMENTO MAIS AUTÔNOMO
DOI:
https://doi.org/10.14393/OT2018vXX.n.1.209-224Palavras-chave:
Educação, Formação Docente, Prática DocenteResumo
A aprendizagem de uma língua estrangeira é um aspecto de um processo abrangente. Por meio do seu estudo, ampliam-se também as possibilidades de inserção no mundo digital, utilizando os recursos tecnológicos para aprimorar o conhecimento linguístico dos alunos, ajudando-os no desenvolvimento da leitura e da escrita, bem como no entendimento das estruturas linguísticas e discursivas, valorizando, sempre, o conhecimento prévio dos alunos, a partir dos quais poderão construir concepções mais significativas. Dessa forma, a avaliação de material didático pelo professor de línguas é uma área que carece de maior reflexão no processo de formação docente inicial ou em serviço, especialmente ao se considerar que a sugestão dos proponentes do PCN-LE (1998) sobre o ensino implicar em um conhecimento sobre o que ensinar e o como fazê-lo por parte do docente que não esteja fundamentado em uma tradição conteudística e de receitas para ensinar. Diante disso, essa comunicação tem como objetivo geral apresentar a análise sobre o modo pelo qual o conhecimento foi organizado no LD utilizado pelo colégio de aplicação da UFU, como as atividades foram nele propostas para a abordagem e apresentação dos conteúdos selecionados e o que isso pode revelar no âmbito de uma formação humana e cidadã autônoma e autoral. Para esse estudo foi analisado tanto o manual do professor quanto o livro didático do aluno. A análise do manual demonstrou que é possível perceber que há dois caminhos de observação quanto ao aspecto da autonomia: uma ligada ao trabalho do professor e outro ao processo de ensino/aprendizagem do aluno; sendo que, ambas são de grande interesse na construção de um modelo educacional preocupado com a criticidade e a cidadania. Quanto à análise específica de cada um dos volumes para definir a presença ou não dos indicadores de uma proposta autônoma e autoral, levou-se em consideração todo o trabalho reflexivo e proativo do aluno diante dos enunciados das questões. Portanto, a maneira a qual o docente desenvolve o seu trabalho em sala de aula acaba por tornar-se mais significativa na construção da autonomia e autoralidade dos seus alunos, do que o próprio material didático. O aprendiz precisa perceber a coesão e a coerência ao longo do processo deensinoaprendizagem, para sentir-se motivado em transformar os seus pensamentos e comportamentos.
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