Avaliando a re-expressão e criatividade de alunos de tradução
Uma abordagem positiva
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v35n2-2019-15Palavras-chave:
Ensino de tradução, Avaliação de traduções, Abordagem positiva, Modelo de aceitabilidadeResumo
Embora a tradução possa ser considerada um processo de comunicação que se realiza em duas (ou três) fases, isto é, compreensão – (conceituação) – e re-expressão, a maioria dos estudos teóricos e pedagógicos tem se dedicado à compreensão e conceituação. Há, no entanto, uma necessidade crescente de estabelecer uma base teórica para a terceira fase, uma vez que, contrariamente à máxima de Boileau (de que ideias bem concebidas podem ser facilmente expressadas), mesmo quando há compreensão total, as palavras não surgem facilmente. Para que a re-expressão seja mais bem ensinada, sua avaliação precisa ser repensada. Este artigo concentra-se na avaliação da re-expressão em tradução. Com base em um estudo detalhado de vários textos escritos em inglês e traduzidos para o francês por cerca de 38 alunos do primeiro ano de um curso de Tradução, primeiramente ressalta a diferença entre expressão e re-expressão e entre criatividade e literalidade, sendo aquela vista como um “desvio” (ou afastamento) desta. Em segundo lugar, defende uma avaliação positiva (que envolve a análise de soluções bem-sucedidas, e não de erros), já que a avaliação negativa tem um impacto relativamente limitado no processo de aprendizagem e estudá-la não seria muito produtivo.
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