Multiletramentos e Educação Inclusiva
ressignificando a aprendizagem de um aluno com paralisia cerebral no contexto de ensino remoto
DOI:
https://doi.org/10.14393/OT2021v23.n.2.60182Palavras-chave:
Multiletramentos, Educação inclusiva, Paralisia cerebral, Ensino remotoResumo
A pandemia mundial desencadeada pelo Covid – 19 implicou uma série de transformações nas mais diversas esferas da sociedade. As instituições educacionais, já tão assoladas por problemas de distintas naturezas, precisaram convocar discentes e docentes a se reinventarem. Nesse sentido, o presente trabalho visa analisar como práticas multiletradas podem oportunizar maior inclusão de alunos com paralisia cerebral em seu processo de aprendizagem, mesmo em contextos de ensino remoto. Sob o aporte dos Novos Estudos do Letramento e da Educação Inclusiva, desenvolvemos uma pesquisa-ação interventiva, durante o segundo semestre letivo de 2020, com um aluno da rede municipal de ensino da cidade Balsas, no Sul do Maranhão, diagnosticado com paralisia cerebral. A partir dos resultados gerados através de entrevista e observações on-line com a mãe do aluno, bem como das proposições pedagógicas desenvolvidas, é possível afirmar que o aluno com paralisia cerebral precisa de acompanhamento multidisciplinar, para que possa ter sucesso no processo de ensino-aprendizagem. Argumentamos também que os recursos tecnológicos, quando didaticamente adaptados, podem transformar-se como instrumentos fundamentais no processo de ensino-aprendizagem, pois facilitam e contribuem para o desenvolvimento de múltiplas práticas letradas na ação educativa, possibilitando às crianças com deficiência a inclusão no espaço escolar e no convívio social.
Downloads
Referências
ALVES, G. A produção da escola pública contemporânea. 4. ed. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2006.
BRACHT, V. A educação física escolar no Brasil: o que ela vem sendo e o que ela pode ser (elementos de uma teoria pedagógica da educação física). Ijuí: Ed. Unijuí, 2019.
BRASIL, Senado Federal. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996: dispõe sobre as bases da educação nacional. Brasília, 2020.
BRASIL, Senado Federal. Resolução nº 4, de 17 de dezembro de 2018: dispõe sobre as bases da educação nacional. Brasília, 2018. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/abril-2018-pdf/85121-bncc-ensino-medio/file. Acesso em: 21/03/2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Ministério da Educação, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 343 de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Brasília, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 544, e 16 de junho de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais, enquanto durar a situação de pandemia do novo coronavírus - Covid-19, e revoga as Portarias MEC nº 343, de 17 de março de 2020, nº 345, de 19 de março de 2020, e nº 473, de 12 de maio de 2020. Brasília, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação/Secretaria Executiva. Parecer CNE/CP nº 05/2020. Brasília, 2020.
BRASIL, Presidência da República. Medida Provisória nº 746, de 22 de setembro de 2016. Institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei nº 11.494 de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e dá outras providências.
BRASIL. Presidência da República. Lei Nº 13. 415, de 16 de fevereiro de 2017: institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
CHAUI, M. A percepção. In: Convite à filosofia. São Paulo Ática, 2012.
FREIRE, P. À sombra desta mangueira. 12. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2019.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 63. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2017.
JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2013.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez, Brasília, DF: UNESCO, 2000.
OLIVEIRA, M. S. L. et al. Diálogos com docentes sobre ensino remoto e planejamento didático. Recife: EDUFRPE, 2020.
RAMOS, Marise. Concepção do Ensino Médio integrado. Disponível em: <http://www.iiep.org.br/curriculo_integrado.pdf>. Acesso em: 11 de junho de 2021.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. 2. ed. São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1991.
TABILE, A. F.; JACOMETO, M. C. D. Fatores influenciadores no processo de aprendizagem: um estudo de caso. Rev. Psicopedagogia, 34(103), 75-86, 2017.
UFPA. Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão. Resolução n. 5.294, de 21 de agosto de 2020. Aprova, de forma excepcional e temporária, o Ensino Remoto Emergencial em diferentes níveis de ensino para os cursos ofertados pela Universidade Federal do Pará, em decorrência da situação de pandemia do novo Coronavírus – COVID-19, e dá outras providências. Belém, 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento irrestrito com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.