PRINCÍPIOS PARA O ENSINO SOBRE AS MÚSICAS INDÍGENAS BRASILEIRAS

Autores

  • Getúlio Ribeiro ESEBA/UFU

DOI:

https://doi.org/10.14393/OT2018vXX.n.1.136-145

Palavras-chave:

Educação, Formação Docente, Prática Docente

Resumo

O presente trabalho aborda o ensino sobre as músicas indígenas brasileiras, a partir da investigação das muitas formas de escuta, percepção e interpretação destas músicas construídas ao longo dos séculos de contato entre as culturas indígenas e não-indígenas no Brasil. Com base neste estudo, busca-se estabelecer princípios e práticas para uma abordagem aprimorada sobre as músicas indígenas nos contextos educacionais, dentre os quais destacam-se: a problematização dos métodos de leitura e transcrição musical ocidentais no diálogo com as manifestações musicais indígenas; o caráter indispensavelmente interdisciplinar do ensino sobre as músicas indígenas; a música interligada às demais formas de expressão inseridas no seu contexto de realização (dança, grafismo, pintura, entre outros); a utilização de registros fonográficos disponíveis no mercado, porém pouco difundidos nos meios midiáticos e ambientes escolares; a ética e a politicidade inerentes ao trabalho com acervos indígenas, incluindo os sonoro-musicais; a observação da diversidade musical indígena, incluindo suas interfaces com as culturas musicais não-indígenas; a utilização de instrumentos musicais indígenas e a fabricação artesanal de instrumentos; o intercâmbio com músicos, grupos e produtores musicais provenientes das comunidades indígenas nos processos educacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARROS, José D’ Assunção. Música indígena brasileira: filtragens e apropriações históricas. Projeto História, v. 32, p. 153-169, jan./jun. 2004.

BASTOS, Rafael José de Menezes. 2007. Música nas sociedades indígenas das terras baixas da América do Sul: estado de arte. Mana: estudos de Antropologia Social, v. 13, n.2, p. 293-316, out. 2007.

BRASIL. Lei n 11.645, de 10 de março de 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>. Acesso em: 15 ago. 2016.

COELHO, Luis Fernando Hering. Música indígena no mercado: sobre demandas, mensagens e ruídos no (des)encontro intermusical. Campos: revista de Antropologia Social, v. 5, n. 1, p. 151-166, 2004.

COELHO, Luis Fernando Hering. A nova edição de Why Suyá Sing, de Anthony Seeger, e alguns estudos recentes sobre música indígena nas terras baixas da América do Sul. Mana: estudos de Antropologia Social, v. 13, n. 1, p. 237-249, abr. 2007.

GALLET, Luciano. Estudos de Folclore. Rio de Janeiro: Carlos Wehrs & Cia, 1934.

LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1980 [1578].

PENNA, M. Música(s) e seu ensino. 2° ed. Porto Alegre, editora Sulina, 2012.

PEREIRA, Edmundo. Música indígena, música sertaneja: notas para uma antropologia da música entre os Índios do Nordeste brasileiro. Trans: revista transcultural de Música, n. 15, p. 1-25. Disponível em: <http://redalyc.org/articulo.oa?id=82222646021>. Acesso em: 13 ago. 2016.

SANTOS, Benerval P.; CAMARGO, Clarice C. O. de. Apresentação do curso. In: SANTOS, Benerval Pinheiro; CAMARGO, Clarice Carolina Ortiz de; MANO, Marcel (Orgs.). Culturas e Histórias dos Povos Indígenas no Brasil: novas contribuições ao ensino. Uberlândia: RB Gráfica Digital Eireli, 2015. p. 17-33.

SEEGER, Anthony. Why Suyá sing: a musical anthropology of an amazonian people. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.

SIQUEIRA, Batista. Influência ameríndia na música folclórica do Nordeste. Rio de Janeiro: Universidade do Brasil, 1951.

TUGNY, Rosângela Pereira de. Cantos e histórias do morcego-espírito e do Hemex. Rio de Janeiro: Azougue, 2009.

WITTMANN, Luisa Tombini. Lery e Nóbrega: experiências e narrativas musicais. Simpósio Nacional de História, 25., 2009. Fortaleza. Anais do XXV Simpósio Nacional de História: História e Ética.Fortaleza: ANPUH, 2009. CD-ROM.

Downloads

Publicado

2018-04-28

Como Citar

RIBEIRO, G. PRINCÍPIOS PARA O ENSINO SOBRE AS MÚSICAS INDÍGENAS BRASILEIRAS. Olhares & Trilhas, [S. l.], v. 20, n. 1, p. 136–145, 2018. DOI: 10.14393/OT2018vXX.n.1.136-145. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/view/41943. Acesso em: 22 nov. 2024.