SUBPROJETO DO PIBID DE ARTES VISUAIS - OLHO ABERTO: VISUALIDADES JUVENIS CITADINAS, DA ESCOLA AO MUSEU

Autores

  • Marisa Barbosa de Oliveira ESEBA/UFU

DOI:

https://doi.org/10.14393/ot2016axixn1.108-121

Palavras-chave:

Artes, Licenciatura, Formação de professores

Resumo

O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à  Docência) propicia a formação do estudante de Licenciatura no contexto da escola, vivenciando seu cotidiano, estando em contato com a abrangência do trabalho docente.O subprojeto de Artes Visuais pretende contribuir com a formação de professores de forma ampla, por meio da experiência na escola e também proporcionando a participação em ações educativas em museus e espaços culturais, prática que muito contribui para a formação do docente em Artes Visuais. O subprojeto iniciou-se em 2014 na Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia - (ESEBA/UFU) e tem previsão de duração até 2018. Além da ESEBA, outras duas escolas atualmente são parceiras no subprojeto: Escola Municipal Afrânio Rodrigues da Cunha, com a supervisão da Profa. Zilá Aparecida Carvalho, e a Escola Estadual Alda Mota Batista, sob a supervisão do Prof. Marcelo Ponchio. Para o desenvolvimento do subprojeto na ESEBA/UFU são desenvolvidas algumas ações gerais, abrangendo essas três escolas, e outras ações que são específicas da ESEBA. Quanto às ações gerais estão: reuniões sistemáticas entre licenciandos, supervisores e coordenadores; estudo de referenciais teóricos, metodológicos e artísticos relacionados ao Ensino de Arte, à legislação e documentação escolar; participação no planejamento e acompanhamento das aulas dos supervisores nas escolas; organização e acompanhamento de visitas monitoradas a espaços culturais e expositivos; exposições itinerantes de Artes Visuais, publicações e participação em eventos científicos. Quanto à principal ação específica dos licenciando na ESEBA está a participação junto à  organização da Semana de Arte da ESEBA, evento anual realizado pela área de Arte. Foram realizadas três edições do evento e no ano de 2017 será realizada a IV Semana de Arte da ESEBA. Por meio dessas ações, espera-se contribuir com a formação docente de maneira efetiva, possibilitando que os licenciandos relacionem-se uns com os outros, com os supervisores, coordenadores e comunidade escolar na perspectiva do trabalho coletivo, entendendo a dinâmica da escola de educação básica articulada ao diálogo com o Curso de Licenciatura em Artes Visuais. São realizadas trocas significativas que contribuem com a materialização dos conceitos aprendidos na graduação e sua aplicabilidade no contexto da escola, atrelados à legislação nacional e aos documentos da escola, na articulação com o trabalho docente. O contato com a organização das aulas, desde planejamento, passando pelas estratégias utilizadas na abordagem dos conteúdos, na preparação de material didático, na organização e dinâmica das aulas, na vivência com os alunos e no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem durante o ano letivo amplia o leque de possibilidades para a futura atuação docente. Os licenciandos têm acesso a um repertório de ações, de forma que quando estiverem atuando como professores poderão se valer deste em suas práticas, ainda que abordem conteúdos diferentes e atuem em outros contextos. Além dos espaços da escola, o subprojeto abrange também museus e galerias, buscando estabelecer o contato direto com obras de arte em um espaço expositivo real. A oportunidade de fazer mediações em visitas orientadas, planejando materiais educativos e atividades enriquece a bagagem de formação dos bolsistas, que poderão usar este repertório em sua futura atividade profissional, orientando a visita de seus alunos a espaços expositivos, fazendo referências às obras que tiveram contato com maior propriedade e elaborando expografias com a produção de seus futuros alunos. A atuação junto aos professores da área de Arte na organização da Semana de Arte da ESEBA objetiva dar visibilidade ao ensino de Arte na escola. Por meio da organização do evento, os bolsistas podem se mostrar atuantes e propositores, participando das negociações necessárias para a realização do evento, planejando atividades, resolvendo problemas. O evento abrange uma série de atividades que contribuem para a formação dos licenciandos, desde a pré-produção até a pós-produção, por exemplo: confecção de cartazes, divulgação, planejamento e desenvolvimento de atividades de seu interesse como oficinas e minicursos, montagem de exposições, participação como expositores de trabalho artístico, elaboração e sistematização de registros, entre outras. A ação visa a ampliação dos alcances do Ensino de Arte para além das salas de aula e também visa um contato maior com a comunidade e escolar e o diálogo com as Licenciaturas. A sistematização do conhecimento, propiciada pelas experiências e pela realização das ações previstas, se dá por meio da escrita acadêmica e da comunicação em eventos científicos e da socialização das observações e reflexões realizadas no contexto do subprojeto, aproximando o ensino da pesquisa e formando professores-pesquisadores de suas práticas.

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Publicado

2017-06-30

Como Citar

OLIVEIRA, M. B. de. SUBPROJETO DO PIBID DE ARTES VISUAIS - OLHO ABERTO: VISUALIDADES JUVENIS CITADINAS, DA ESCOLA AO MUSEU. Olhares & Trilhas, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 108–121, 2017. DOI: 10.14393/ot2016axixn1.108-121. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/view/40721. Acesso em: 22 jul. 2024.