Mapeamento da Vegetação do Cerrado – Uma Revisão das Iniciativas de Sensoriamento Remoto
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Resumo
O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, sendo reconhecido como a savana mais biodiversa do mundo. Após 1970, as dinâmicas de uso e cobertura da terra do bioma têm sido marcadas por atividades agropecuárias extensivas, resultando em taxas de desmatamento historicamente superiores às do bioma Amazônia. Esse cenário reforça a necessidade de investigar a metodologia das iniciativas de mapeamento da vegetação do Cerrado, a fim de identificar as lacunas e desafios ainda existentes para o avanço científico do conhecimento no âmbito do Sensoriamento Remoto (SR). Para tal, o presente artigo de revisão identificou 15 iniciativas que mapearam a vegetação do bioma em diferentes escalas, períodos e níveis de detalhamento de legenda. O primeiro foi o projeto Radam/RadamBrasil, ainda na década de 1970. No entanto, foi a partir dos anos 2000 que o Cerrado começou a ter mais visibilidade, com o surgimento de iniciativas maiores e mais direcionadas para o bioma (PROBIO, Conservação Internacional). Recentemente, novas iniciativas (MapBiomas, PRODES) têm se destacado por incorporarem metodologias diferenciadas que acompanharam a evolução computacional das técnicas de Sensoriamento Remoto. O levantamento realizado neste artigo identificou que a discriminação dos diferentes tipos de cobertura vegetal do bioma ainda é um dos principais desafios a serem vencidos, principalmente em relação às fitofisionomias não florestais, além de classes de uso espectralmente semelhantes, como a pastagem. Este trabalho visa agregar detalhes das principais iniciativas de mapeamento da vegetação do Cerrado, suas metodologias, desafios encontrados, tais como a dificuldade de discriminação de seus tipos de vegetação e maiores discussões e promessas futuras no campo do SR.
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