Uso de Plataformas Aéreas Não Tripuladas no Brasil – um Panorama de Dez Anos (2008-2018) de Publicações Acadêmicas
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Resumo
O uso de Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) no Brasil é uma realidade cada vez mais consolidada, incorporando aplicações antes atribuídas aos satélites e aos levantamentos aéreos tradicionais. Segundo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), já são 75 mil ARPs registrados, sendo 62% para atividades profissionais e/ou acadêmicas. Esse artigo quantifica aspectos sobre o uso de ARP na obtenção de dados de sensoriamento remoto pela pesquisa científica nacional, identificando produtos, serviços gerados, métodos e equipamentos utilizados. Realizou-se uma revisão bibliográfica sistemática por combinação dos termos “monografia, dissertação, teste, rpa, drone, vant, fotogrametria, sensoriamento remoto”. Estabelecido 2008 como o ano base para a busca, encontrou-se trabalhos entre 2010 e 2018. Foram selecionados 64 trabalhos, entre teses de doutorado, dissertações de mestrado e trabalhos de conclusão de curso de graduação, nos quais avaliou-se 11 parâmetros booleanos e outros 11 parâmetros quanti-qualitativos. Há trabalhos de todas as regiões brasileiras: 21 do Sudeste; 19 do Sul; 11 do Centro-Oeste; 11 do Nordeste; e 2 da região Norte. As áreas de Cartografia, Geografia, Engenharia Civil, Engenharia Florestal e Ciências Ambientais concentram mais de 55% das publicações. A geração e verificação de modelos digitais de superfícies e/ou terrenos (MDS/MDT) foi a principal aplicação dos estudos, presente em 39% dos trabalhos; em seguida está a utilização de ARP para mapeamento e classificação da cobertura vegetal, com 22% de presença. A qualidade cartográfica dos diferentes produtos gerados variou entre o PEC-PCD 'Classe B’ na escala 1/10.000 e o 'Classe A' na escala 1/1.000.
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