Medicalização da infância

estudo bibliográfico de publicações na área educacional entre 2002 e 2017

Autores

  • Jaqueline da Silva Teodoro Unesp/Ibilce - São José do Rio Preto
  • Luciana Aparecida Nogueira da Cruz UNESP São José do Rio Preto

DOI:

https://doi.org/10.14393/OT2020v22.n.2.52867

Palavras-chave:

Estudo bibliométrico, Medicalização;, Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade;, TDAH;, Metilfenidato.

Resumo

O uso de medicamentos, em especial o metilfenidato, por crianças diagnosticadas com transtornos de comportamento e/ou de aprendizagem, cresce, exageradamente, no Brasil. Neste estudo, apresentamos o resultado de uma pesquisa bibliográfica de artigos sobre a medicalização da infância, publicados entre 2002 e 2017. Selecionamos trinta artigos, destacando o ano de publicação, as revistas, as áreas de pesquisa dos autores e seus posicionamentos quanto à indicação e/ou ao uso de psicofármacos por crianças com diagnósticos frutos de queixas de problemas escolares. Nessas análises descritivas buscamos quais são as contribuições das publicações para a Educação. Os resultados indicaram que 90% dos trabalhos têm pelo menos um autor da área da Psicologia.  Todos os autores dos artigos selecionados fizeram críticas à patologização e à medicalização das crianças como forma de escamotear fatores sociais. Diante dos indicadores obtidos, conclui-se que há necessidade de mais reflexões problematizando o fenômeno, além de discussões que busquem a superação da medicalização da infância. É imprescindível que profissionais da Educação compreendam as causas e consequências desse fenômeno.

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Publicado

2020-08-25

Como Citar

TEODORO, J. da S.; CRUZ, L. A. N. da. Medicalização da infância: estudo bibliográfico de publicações na área educacional entre 2002 e 2017. Olhares & Trilhas, [S. l.], v. 22, n. 2, p. 163–182, 2020. DOI: 10.14393/OT2020v22.n.2.52867. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/view/52867. Acesso em: 22 dez. 2024.