A natureza da linguagem escrita nas perspectivas histórica e psicológica
algumas implicações pedagógicas
DOI:
https://doi.org/10.14393/OT2020v22.n.2.52271Palavras-chave:
Linguagem escrita, Signo gráfico, Anos iniciais do Ensino FundamentalResumo
O objetivo deste artigo é apontar a escrita como uma modalidade de linguagem gráfica e autônoma, em relação à oralidade, e apresentar algumas implicações pedagógicas para a organização do processo de ensino e de aprendizagem da escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental, à luz da psicologia histórico-cultural. Para situar a questão abordada e ajudar na discussão, busca-se subsídios teóricos na perspectiva histórica da escrita, por compreender que ela fornece contribuições valiosas para o estudo do signo linguístico e ajuda a esclarecer a confusão – também apontada na psicologia histórico-cultural – em torno da relação supostamente unívoca entre os aspectos oral e escrito dos signos. Por meio de uma revisão conceitual sobre o signo e a escrita, considera-se que a escrita é desenvolvida tanto na história da humanidade quanto na história de cada criança por meio de um processo de apropriação cultural cujo princípio é o uso simbólico do aspecto gráfico para expressar, trazendo à tona a discussão da maneira como hoje se concebe a escrita e a considera como objeto de ensino e de aprendizagem no contexto escolar para favorecer o desenvolvimento cultural das crianças.
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