Abordando a diversidade no ensino de matemática: o Desenho Universal para a Aprendizagem como uma possibilidade de promover o acesso ao currículo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/BEJOM-v5-2024-71820

Palavras-chave:

Desenho Universal para Aprendizagem, matemática, inclusão, deficiente visual, formação de professores

Resumo

Este artigo apresenta uma sequência de atividades com base no Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), desenvolvida durante um curso de extensão do Projeto Fundão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O curso, conduzido pelo subgrupo Ensino de Matemática para Alunos com Deficiência Visual e Auditiva, teve como foco a inclusão desses alunos em salas de aula regulares. A atividade sugeriu a elaboração de uma aula envolvendo pelo menos um aluno com deficiência visual ou auditiva no contexto do ensino regular. Buscando promover uma aprendizagem inclusiva, temos como objetivo propor uma sequência de atividades baseada no DUA, a partir de uma dada situação-problema, a ser resolvida por uma turma de 4º ano do ensino regular, e que contemple um aluno com deficiência visual. A abordagem do DUA visa criar um ambiente educacional que elimine barreiras de aprendizagem, valorizando cada aluno, independentemente de suas necessidades individuais. O DUA promove a acessibilidade ao currículo e uma educação inclusiva, reconhecendo a diversidade de estilos de aprendizagem. Ao planejar uma sequência de atividades baseada no DUA, o enfoque não se limita à deficiência do aluno, mas considera sua singularidade. A expectativa é que, ao atender às necessidades individuais e diversificadas dos estudantes, seja possível contribuir para aprendizagem e promover uma experiência educacional inclusiva e enriquecedora. Essa abordagem beneficia todos os alunos com deficiência, ou não, possibilitando promover e respeito às diferenças e preparando os alunos para um mundo mais inclusivo. O artigo destaca a importância de incorporar o DUA como estratégia educacional inclusiva, demonstrada por uma sequência de atividades como exemplo prático de sua aplicabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Magno de Alcântara Leite, Universidade de Uberaba

Professor Magno de Alcântara Leite, mestrando em Educação pela UNIUBE, onde minha pesquisa se concentrou na "Utilização do Soroban em uma perspectiva inclusiva na formação de professores de Matemática". Tenho especialização em Metodologia do Ensino de Matemática e Física - UNINTER e graduação em Licenciatura Plena em Física pela UFU. Professor efetivo da SEE/MG desde 1996. Agraciado com a medalha, HONRA AO MESTRE, 2023, concedida pela Sociedade Astronômica Brasileira e a Agência Espacial Brasileira, através da comissão organizadora da OBA. Formações complementares na Cornell University e na Sustainable Development Solutions Network, com ênfase em Educação Equitativa e Inclusiva. Minha formação complementar abrange tópicos como apoio a estudantes com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento, refletindo meu compromisso com uma educação acessível e inclusiva para todos. Produtor de conteúdo para YouTube, Canal Magno Física.

Mario Donizete Rodrigues de Oliveira, Universidade de Uberaba

Aluno do Programa de Pós Graduação em Educação: Formação Docente para a Educação Básica - Mestrado Profissional - pela Universidade de Uberaba - início em 08/2022. Pós graduado em Educação Especial e Inclusiva pelo Centro Universitário Barão de Mauá - SP. Graduado em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal de Uberlândia - MG - Campos do Pontal. Atua na rede estadual de ensino, lotado na Escola Estadual de Educação Ensino Especial Risoleta Neves, na cidade de Ituiutaba-MG, onde reside. Participante do Grupo de Pesquisa em Formação Docente, Direito de Aprender e Práticas Pedagógicas - FORDAPP, da UNIVERSIDADE DE UBERABA. Integrante do Núcleo de Pesquisa e Estudos em Educação Matemática, (NuPEM) na Universidade Federal de Uberlândia, campus Pontal.

Sandra Gonçalves Vilas Bôas, Universidade de Uberaba

Possui graduação em Matemática pelo Instituto Superior de Ensino e Pesquisa de Ituiutaba (1985) e Pós Graduação Lattus Sensus em Matemática Pura e Aplicada (1999) e Estatística Aplicada (2003), ambas pela Universidade Federal de Uberlândia e Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (2007), a pesquisa buscou investigar de que forma o trabalho com Projetos pode contribuir para o Ensino de Estatística e a formação acadêmica e profissional dos alunos. É doutora em Educação Matemática pelo PPGEM- Programa de Pós Graduação em Educação Matemática da UNESP - Universidade Estadual Paulista Julio Mesquita Filho, campus Rio Claro (2017), a pesquisa buscou investigar O desenvolvimento do Sentido de Número por meio da Educação Estatística no ciclo de alfabetização. Atualmente é professora aposentada da Prefeitura Municipal de Uberlândia e Professora titular do Programa de Mestrado Profissional em educação: formação docente para a educação básica da UNIUBE- Campus Uberlândia, onde é membro titular do colegiado e coordenadora da linha de pesquisa "Práticas docentes para Educação Básica". Membro integrante do Grupo de Pesquisa em Educação Estatística, vinculado ao Programa de Pós Graduação em Educação Matemática da UNESP- Universidade Estadual Paulista "Júlio Mesquita Filho", Rio Claro e do grupo FORDAPP - FORMAÇÃO DOCENTE, DIREITO DE APRENDER E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. vinculado ao Programa de Mestrado Profissional em educação: formação docente para educação básica da UNIUBE - Universidade de  Uberaba, campus Uberlândia.

Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2018.

CAMPOS, S. G. V. B. Trabalho de projetos no processo de ensinar e aprender estatística na universidade. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 2007.

GAY, M. R. G. Buriti mais - Matemática: manual do professor. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2021. V. 4º Ano: Ensino Fundamental: Anos Iniciais.

GÓES, A. R. T.; DA COSTA, P. K. A. Desenho universal e desenho universal para aprendizagem: fundamentos, práticas e propostas para Educação Inclusiva. São Carlos: Pedro & João Editores, 2022. v. 1.

GROSSI, E. P. Teoria dos campos conceituais para a escola e para a vida: também se aprende a amar. Urubici: Cinco Continentes Editora, 2022.

HEREDERO, E. S. Diretrizes para o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). Revista Brasileira de Educação Especial, v. 26, 1 out. 2020.

PLETSCH, M. D. et al. Acessibilidade e Desenho Universal na Aprendizagem. Campos dos Goytacazes (RJ): Encontrografia, 2021.

SANTOS, L. J. D. Cartografia tátil: inclusão dentro e fora da escola. Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, 2021.

SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I. Materiais manipulados para o ensino das quatro operações básicas. Porto Alegre: Penso, 2016. v. 2.

XAVIER, T. M. A. M.; SANTIAGO, Z. M. A. O soroban como instrumento de aprendizado na formação de professores do ensino básico. In: Congresso Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências, 4., 2019, Campina Grande. Anais [...]. [S.I.]. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/57048. Acesso em: 15 dez. 2023.

ZERBATO, A. P.; MENDES, E. G. Desenho universal para a aprendizagem como estratégia de inclusão escolar. Educação Unisinos, v. 22, n. 2, 23 maio 2018.

Downloads

Publicado

2024-07-12

Como Citar

LEITE, M. de A.; OLIVEIRA, M. D. R. de; BÔAS, S. G. V. Abordando a diversidade no ensino de matemática: o Desenho Universal para a Aprendizagem como uma possibilidade de promover o acesso ao currículo. BRAZILIAN ELECTRONIC JOURNAL OF MATHEMATICS, Uberlândia, v. 5, n. especial - SiTAPEM, p. 25–43, 2024. DOI: 10.14393/BEJOM-v5-2024-71820. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/BEJOM/article/view/71820. Acesso em: 23 nov. 2024.