Sensibilidade do NDVI para a Identificação do Regime de Fluxo em Rios de Primeira Ordem: Estudo de Caso no Sudoeste do Paraná
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Resumo
O mapeamento da rede de drenagem frequentemente apresenta problemas na classificação de seu regime de fluxo e na estimativa da extensão dos rios de primeira ordem, sobretudo em áreas florestadas. Entretanto, a vegetação associada aos rios pode dar indícios sobre o tipo de fluxo presente, a partir da análise dos índices de vegetação, entre os quais, o NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) é o mais utilizado mundialmente. O objetivo deste trabalho foi de avaliar o potencial de aplicação do NDVI da vegetação associada a rios de primeira ordem para diferenciar a drenagem perene da intermitente. A área de estudo apresenta floresta estacional semidecidual e abrange parte dos municípios de Francisco Beltrão, Renascença e Marmeleiro, no sudoeste do estado do Paraná. Foram identificados em campo 20 rios de primeira ordem perenes e 20 intermitentes, com vegetação nativa arbórea associada. Uma vez identificados na base cartográfica, foram gerados buffers de 0-15 m e 15-30 m, a partir do canal de drenagem. Estes buffers foram utilizados para obtenção dos valores de NDVI calculados a partir de imagens RapidEye referente as datas de 8/1/2018 (T1) e 10/9/2018 (T2). Foi verificada a diferença de NDVI entre os dois períodos (Δ-NDVI) em cada buffer. Para verificar se as diferenças foram significativas, foi aplicado o teste de Mann-Witney. Observou-se que os valores de NDVI acompanharam as características climáticas, apresentando valores próximos a 0,9 em T1 e que, em alguns casos, os valores decaíram até 0,6 em T2. Os valores de Δ-NDVI ao longo dos rios intermitentes foram maiores, comprovando o pressuposto inicial, contudo as diferenças não foram estatisticamente significativas.
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