Avaliação do modelo geoidal MAPGEO2015 no estado do Rio Grande do Sul
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Resumo
Com o advento dos Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS - Global Navigation Satellite System) houve a superação das dificuldades de posicionamento, tornando possível alcançar altas precisões e suprir as mais diversas necessidades de posicionamento planimétrico. A determinação da altitude normal-ortométrica, de forma rápida e precisa, por outro lado, mostra-se como o grande desafio da Geodésia. Atualmente, o emprego de dados de receptores GNSS associados a modelos geoidais aumentou significativamente nas práticas de levantamentos, principalmente em locais onde a rede altimétrica é pouco densificada. Isso se dá em virtude da praticidade e rapidez na obtenção de tal altitude, quando comparado às técnicas clássicas de transporte de altitudes, apesar da precisão dessa técnica ser incompatível com a precisão do nivelamento geométrico. Diante disso, o objetivo desse estudo consiste em verificar a viabilidade da utilização do modelo geoidal MAPGEO2015 na determinação de altitudes normais-ortométricas no estado do Rio Grande do Sul (RS), bem como analisar espacialmente e quantitativamente o MAPGEO2015 considerando a geomorfologia do estado. As diferenças entre a altitude geoidal obtida a partir das altitudes geométrica e normal-ortométrica dos memoriais descritivos das estações e a altitude geoidal calculada pelo MAPGEO2015 foram comparadas direta, estatística e espacialmente, e também analisadas em conjunto com as unidades geomorfológicas presentes no estado. Os resultados obtidos mostram que o MAPGEO2015 apresenta variação de -50 cm até 40 cm, aproximadamente, em relação às altitudes geoidais utilizadas como referência, com um valor médio de 13 cm e desvio padrão de 19 cm, ficando evidente um vetor de crescimento das diferenças encontradas no sentido norte-sul do RS. Por fim, evidenciou-se que o modelo de ondulação geoidal MAPGEO2015 converge com as altitudes geoidais de referência em algumas regiões do estado (extremo oeste, centro e nordeste) e apresenta algumas diferenças para outras regiões (sul, sudeste, norte e noroeste). Assim, nota-se que o modelo de ondulação geoidal do Brasil necessita melhorar no estado do RS e sua utilização deve estar condicionada à precisão final que o usuário deseja obter.
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Como Citar
FALAVIGNA, G. P.; BLEDOW, G. D.; DE SOUZA, S. F.; IESCHECK, A. L. Avaliação do modelo geoidal MAPGEO2015 no estado do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 70, n. 3, p. 1033–1064, 2018. DOI: 10.14393/rbcv70n3-45711. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/45711. Acesso em: 22 dez. 2024.
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