PIBID
UM ATO PRÁTICO DE RESISTÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DURANTE A FORMAÇÃO DOCENTE
DOI:
https://doi.org/10.14393/OT2018vXX.n.1.156-169Palavras-chave:
Educação, Formação Docente, Prática DocenteResumo
Esta proposta de comunicação, originada da experiência de formação em ensino e pesquisa construídas por 24 meses no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - Subprojeto História Santa Mônica e do debate teórico entre a bibliografia e fontes - Lei das diretrizes e bases da educação nacional (LDB) de 1996, regimento interno PIBID/UFU; pelos autores Moacir Gadotti (2008), Paulo Freire (1996), Adalberto Marson (1984), Telma Faltz Valério (2006), Bernardette Gatti (2014), Marcos A. Da Silva (2003) e Jurjo Torres Santomé (1998) -, tem como intuito questionar, no âmbito prático, a relação entre bolsistas do Pibid - pibidianos -, e professores da rede estadual básica pública de ensino - especificamente do nono ano do ensino fundamental -; analisando de forma crítica as adversidades deste universo, compreendendo o potencial de diálogo no espaço do Pibid como "um ato de resistência e transformação no processo de construção do conhecimento, caminhando em direção à educação libertadora" (FERNANDES, 2017, p. 163). O trabalho está organizado em dois momentos: o primeiro, tem como intuito refletir as adversidades do oficio docente experienciado em um contexto educacional brasileira perpassado por ecos de uma educação ritmada pela cultura industrial (THOMPSON, 1998, p. 292); característica expressa fortemente através da reorganização educacional apontada pela lei 5692/71 (VALÉRIO, 2006, p. 5633), um fantasma formador latente das preconcepções e sentidos dos devires educacionais e docente dentre os sujeitos, tendo como centralidade, uma educação unilateralmente técnica, formativa para os diversos nichos de mercado de trabalho; contribuindo para precarização e sucateamento em diferentes níveis do meio de trabalho docente. No segundo momento, explanarei o sentido e função do pibidiano na comunidade escolar através dos relatos de minha experiência no Pibid, observando o potencial de resistência contra precariedade e ensino exclusivo técnico através das atividades do programa; e transformação, ao desenvolver atividades que estimulem a criatividade - usando diferentes linguagens através de práticas disciplinares, interdisciplinares, disciplinares cruzadas -, promovendo um diálogo entre pibidiano, professor e comunidade escolar, prezando pelo respeito da pluralidade, permissividade, autonomia e crítica no processo de construção do conhecimento emancipador e múltiplo dos sujeitos (FREIRE, 1996, p.34).
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