PIBID

UM ATO PRÁTICO DE RESISTÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DURANTE A FORMAÇÃO DOCENTE

Autores

  • Gabriel Marques Fernandes ESEBA/UFU

DOI:

https://doi.org/10.14393/OT2018vXX.n.1.156-169

Palavras-chave:

Educação, Formação Docente, Prática Docente

Resumo

Esta proposta de comunicação, originada da experiência de formação em ensino e pesquisa construídas por 24 meses no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - Subprojeto História Santa Mônica e do debate teórico entre a bibliografia e fontes - Lei das diretrizes e bases da educação nacional (LDB) de 1996, regimento interno PIBID/UFU; pelos autores Moacir Gadotti (2008), Paulo Freire (1996), Adalberto Marson (1984), Telma Faltz Valério (2006), Bernardette Gatti (2014), Marcos A. Da Silva (2003) e Jurjo Torres Santomé (1998) -, tem como intuito questionar, no âmbito prático, a relação entre bolsistas do Pibid - pibidianos -, e professores da rede estadual básica pública de ensino - especificamente do nono ano do ensino fundamental -; analisando de forma crítica as adversidades deste universo, compreendendo o potencial de diálogo no espaço do Pibid como "um ato de resistência e transformação no processo de construção do conhecimento, caminhando em direção à educação libertadora" (FERNANDES, 2017, p. 163). O trabalho está organizado em dois momentos: o primeiro, tem como intuito refletir as adversidades do oficio docente experienciado em um contexto educacional brasileira perpassado por ecos de uma educação ritmada pela cultura industrial (THOMPSON, 1998, p. 292); característica expressa fortemente através da reorganização educacional apontada pela lei 5692/71 (VALÉRIO, 2006, p. 5633), um fantasma formador latente das preconcepções e sentidos dos devires educacionais e docente dentre os sujeitos, tendo como centralidade, uma educação unilateralmente técnica, formativa para os diversos nichos de mercado de trabalho; contribuindo para precarização e sucateamento em diferentes níveis do meio de trabalho docente. No segundo momento, explanarei o sentido e função do pibidiano na comunidade escolar através dos relatos de minha experiência no Pibid, observando o potencial de resistência contra precariedade e ensino exclusivo técnico através das atividades do programa; e transformação, ao desenvolver atividades que estimulem a criatividade - usando diferentes linguagens através de práticas disciplinares, interdisciplinares, disciplinares cruzadas -, promovendo um diálogo entre pibidiano, professor e comunidade escolar, prezando pelo respeito da pluralidade, permissividade, autonomia e crítica no processo de construção do conhecimento emancipador e múltiplo dos sujeitos (FREIRE, 1996, p.34).

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Publicado

2018-04-28

Como Citar

FERNANDES, G. M. PIBID: UM ATO PRÁTICO DE RESISTÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DURANTE A FORMAÇÃO DOCENTE. Olhares & Trilhas, [S. l.], v. 20, n. 1, p. 156–169, 2018. DOI: 10.14393/OT2018vXX.n.1.156-169. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/view/41945. Acesso em: 22 jul. 2024.

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