Ensino da língua na perspectiva discursiva: um exercício de leitura
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v33n2a2017-3Palavras-chave:
Ensino de Língua, Responsividade, Dialogismo, Letramento, PragmáticaResumo
O trabalho concentra-se nos modos de conceber o ensino da língua portuguesa sob a perspectiva discursiva de raiz bakhtiniana, considerando, especialmente, os sentidos da "compreensão ativa e responsiva" da linguagem e do discurso. À luz do modelo ideológico de letramento e de alguns subsídios da pragmática, a sala de aula é entendida como espaço (de tensão) de construção de linguagens e conhecimentos oriundos de esferas distintas que ali se integram a partir de e com base em experiências sociais e subjetivas tanto de professores quanto de alunos. Objetiva-se elaborar uma aula em que os alunos sejam convidados a refletir e compreender que as palavras estão prenhes de um "conteúdo ideológico e vivencial", pois "não são palavras o que pronunciamos ou escutamos", mas atos de fala, ações com e sobre a linguagem. Articular o campo do letramento à teoria enunciativa bakhtiniana e ainda ao campo da pragmática é uma forma de entender como os aspectos sociais, extralinguísticos constituem, integram a língua e o discurso e os tornam vivos, ao mesmo tempo em que constituem os sujeitos em situações reais de interação, nas várias esferas sociais da vida. Integram-se a esse trabalho pedagogias que questionam a "visão bancária" do ensino e os saberes dominantes em relação aos outros saberes, a fim de, por meio do ensino da língua e da gramática, desestabilizar e desnaturalizar significados e sentidos regularizados e sacralizados.Downloads
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