O encontro dialógico e colaborativo entre a literatura brasileira e o cinema no limiar da Pós-Retomada: traduções coletivas no cinema literário
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL64-v31n1a2015-26Palavras-chave:
Literatura brasileira. Cinema Literário. Pós-Retomada. Tradução coletiva.Resumo
Em 2002, ano fronteiriço entre a Retomada e a Pós-Retomada do cinema brasileiro, Cidade de Deus (1997), romance de Paulo Lins, e O invasor (2002), novela de Marçal Aquino, foram performatizados em obras fílmicas que se tornaram fundamentais para uma nova geração de cineastas e produtores. Os filmes homônimos provocaram uma reavaliação das técnicas de filmagens precedentes e projetaram um novo cenário para as transposições de textos para a tela, além de gerarem uma relação respondível visto que as obras literárias de base são escritas e reescritas em função do processo fílmico. Também acrescentamos o conto Presos pelo estômago (2005), de Lusa Silvestre, gênese prosaica do longa-metragem Estômago (2008), realizado por Marcos Jorge. Este último trabalho recuperou tópicos sociais discutidos na literatura e no cinema contemporâneos e desdobrou nuances artísticas. A partir dos conceitos teóricos da tradução coletiva e do cinema literário, consideramos os três filmes resultantes de um processo dialógico interartes. Assim, propomos neste artigo investigar como a literatura brasileira, no início do século XXI, passou a habitar e a ser habitada pelo que hoje é nomeado como cinema Pós-Retomada e sua consolidação.
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