O que aprendemos com Alice
Considerações sobre a leitura de literatura
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v35n1a2019-4Palavras-chave:
Literatura e aprendizado, Estudos cognitivos, Alice no país das maravilhas, Lewis CarrollResumo
O presente artigo trata de como a leitura de literatura de ficção pode constituir uma experiência de aprendizado para o leitor – um aprendizado que nem é instrucional, nem deve ser confundido com autoajuda. Parte-se da hipótese de que, no contato com a “arte verbal” (LOPES, 2012, p. 1), o leitor pode expandir a mente (SPOLSKY, 2015a), adquirir novos conhecimentos (GREEN, 2010) e aprender sobre emoções (KÜMMERLING-MEIBAUER, 2012; NIKOLAJEVA, 2014; SUIHKONEN, 2016). Baseia-se, principalmente, nos recentes estudos cognitivos da literatura, que abordam o texto literário de ficção do ponto de vista dos processos mentais que podem se desdobrar a partir de sua leitura. Para ilustrar esses possíveis processos de aprendizado, são examinados teoricamente trechos dos contos Aventuras de Alice no país das maravilhas e Através do espelho e o que Alice encontrou lá, de Lewis Carroll, em tradução de Sebastião Uchoa Leite (1980).
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