Antroponímia indianista em corpus de Alencar

uma análise etimológica, ficcional e contextual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/DL46-v15n2a2021-8

Palavras-chave:

Léxico indianista, Etimologia Ficcional Contextual, Antroponímia indianista, Linguística de Corpus

Resumo

Neste artigo analisamos quatro antropônimos indianistas, Irapuã, Coatiabo, Maranguab e Abaeté, identificados nas obras O Guarani, Iracema e Ubirajara de José de Alencar, na perspectiva da Etimologia Ficcional Contextual. Para tanto, recorremos à base teórica da Onomástica (DICK, 1999), da Etimologia Ficcional Contextual (AUTOR, 2018), da Lexicologia (BIDERMAN, 2001; VILELA, 1995) e da Linguística de Corpus (BERBER SARDINHA, 2004, 2009; AUTOR, 2014). Para extração dos antropônimos indianistas, nos servimos do programa WordSmith Tools (SCOTT, 2012) e dos recursos da versão Gênero/Histórico do Corpus do Português (DAVIES, 2006). Consideramos étimos antroponímicos de Alencar os nomes indígenas criados pelo autor. Para isso, foram considerados dois critérios:   primeiro, que os vocábulos não constassem nos dicionários de exclusão, cuja publicação é anterior às obras de Alencar; segundo, que os vocábulos constassem no Corpus do Português (DAVIES, 2006), como primeira utilização em textos escritos por Alencar. A criação de étimos antroponímicos por Alencar, possibilitou atribuir aos personagens indígenas mais do que um nome, buscou imprimir-lhes as características físicas e/ou psicológicas desejadas pelo autor. Portanto, estudar os antropônimos indianistas de Alencar, na perspectiva da Etimologia Ficcional Contextual, também significou conhecer as possibilidades da língua e a criatividade do autor, pela utilização de um léxico que possibilitou a expressão de seus ideais.

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Biografia do Autor

Maria Virgínia Dias de Ávila, Universidade Federal de Uberlândia

Doutora em Estudos Linguísticos (UFU).

Ariel Novodvorski, ILEEL/PPGEL/UFU

Doutor em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor Adjunto IV do Instituto de Letras e Linguística (ILEEL) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Curso de Graduação em Letras/Espanhol e no Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL). Diretor do Instituto de Letras e Linguística da UFU (2017-2021). Atualmente realiza Pós-doutorado na UFRGS (2019), sob supervisão da Profa. Dra. Cleci R. Bevilacqua. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Estudos Descritivos, Linguística de Corpus, Estudos da Tradução, Língua Espanhola, Fraseologia, Terminologia e Linguística Sistêmico-Funcional.

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Publicado

16.06.2021

Como Citar

DIAS DE ÁVILA, M. V.; NOVODVORSKI, A. Antroponímia indianista em corpus de Alencar: uma análise etimológica, ficcional e contextual. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 15, n. 2, p. 474–500, 2021. DOI: 10.14393/DL46-v15n2a2021-8. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/57021. Acesso em: 18 dez. 2024.