A alusão

um movimento de escrever e ler em Água Viva de Clarice Lispector

Autores/as

  • Valdiclea Souza Universidade Estadual de Santa Cruz

DOI:

https://doi.org/10.14393/DL21-v10n1a2016-12

Palabras clave:

Alusão, Leitura-escrita, Metáfora-metonímia, Memória-discursiva, Já-dito

Resumen

Neste artigo, discutimos a alusão sob uma nova perspectiva teórica, em que ela deixa de ser uma figura de linguagem menor e assume um lugar de mediadora entre o linguístico e o discursivo. Nessas condições, a alusão constitui-se em uma estratégia de ler e escrever que permite ao leitor e ao autor um movimento ininterrupto, linear, mas também em espiral, entre o dentro e o fora. O movimento de ir, vir e devir impulsionado pela alusão possibilita a construção do sentido, quando revela, através das categorias da metáfora e da metonímia, do dito/não-dito/ausência/presença, da memória discursiva e da intertextualidade, o jogo alusivo construído pelo autor e pelo leitor em Água Viva, de Clarice Lispector, tornando-se, dessa forma, o projeto de leitura e escrita da obra, bem como é a própria metodologia do presente artigo. Assim, trazemos uma discussão ainda recente sobre o fenômeno de ler e escrever na contemporaneidade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Valdiclea Souza, Universidade Estadual de Santa Cruz

Mestra em letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz - Uesc. 

Citas

AUSTIN, J. L. Quando o Dizer é Fazer: palavras e ação. Trad. Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

BACHELARD, G. Poética do Espaço. Tradução de Antônio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1993 (coleção Tópicos).

BAKHTIN, M. Os Gêneros Discursivos. In: ______. Estética da criação verbal. São Paulo; Martins Fontes, 1997.

BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da linguagem. 8. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.

BAKHTIN, M. Questões de Literatura e de Estética: a teoria do romance. 4 ed. São Paulo: Editora Unesp. 1998.

BARTHES, R. O prazer do texto. 4ªed. São Paulo: Perspectiva, 1996.

BACCEGA, M. A. Palavra e Discurso: História e literatura. São Paulo: Ática, 2003.

BAZERMAN, C. Cartas e a base social de Gêneros Diferenciados. In: DIONÍSIO, Â. P.; HOFFNAGEL, J. C. (orgs). Gêneros Textuais, Tipificação e Interação. 2 ed. Tradução de Judith Chambliss Hoffnagel. São Paulo: Cortez, 2006.

BRAIT, B. (org). BAKHTIN conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2008.

ECO, U. Os Limites da Interpretação. São Paulo: Perspectiva, 1995.

ECO, U. Seis Passeios pelos Bosques da Ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

LOPES, E. Fundamentos da Linguística Contemporânea. São Paulo: Cultrix, 1999.

MAINGUENEAU, D. Elementos de Linguística para o texto literário. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

MAINGUENEAU, D. Novas Tendências em Análise do discurso. 2. ed. Tradução de Freda Indursky. Campinas, SP: Pontes, 1996.

Publicado

2016-03-30

Cómo citar

SOUZA, V. A alusão: um movimento de escrever e ler em Água Viva de Clarice Lispector. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 10, n. 1, p. 219–238, 2016. DOI: 10.14393/DL21-v10n1a2016-12. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/31959. Acesso em: 22 nov. 2024.