O processo de significação em Ferreira Gullar e em Clarice Lispector
um jogo de probabilidades, de necessidade e acasos
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL8-v4n2a2010-7Palavras-chave:
linguagem, leitura, escrita, metáfora, metonímiaResumo
No presente trabalho, objetivamos apresentar algumas reflexões acerca de um dos maiores problemas que perpassa o projeto epistemológico ocidental de língua(gem) e, por conseguinte, das práticas de ler e de escrever na contemporaneidade: o problema da significação. Para substancializar a discussão, analisamos o discurso literário presente na crônica Notícia de um assalto inusitado, de Ferreira Gullar e no romance Água Viva, de Clarice Lispector, por compreendermos que o discurso literário, presente nesses textos, traz, em seu arcabouço, inquietações importantes que implicam numa reformulação de toda metafísica ocidental, implicações estas que revelam modos singulares de representação dos/nos espaços sociais contemporâneos. Partindo desse lugar, trouxemos para o debate os posicionamentos teóricos de Barthes (2007), de Derrida (2001) e de Torga (2001) que juntos formam uma base de sustentação para discussão do projeto de leitura e escrita que vem se constituindo a partir de um jogo de possibilidades, na medida em que tenta apreender e ao mesmo tempo projetar/refratar realidades.
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