A alusão
um movimento de escrever e ler em Água Viva de Clarice Lispector
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL21-v10n1a2016-12Palavras-chave:
Alusão, Leitura-escrita, Metáfora-metonímia, Memória-discursiva, Já-ditoResumo
Neste artigo, discutimos a alusão sob uma nova perspectiva teórica, em que ela deixa de ser uma figura de linguagem menor e assume um lugar de mediadora entre o linguístico e o discursivo. Nessas condições, a alusão constitui-se em uma estratégia de ler e escrever que permite ao leitor e ao autor um movimento ininterrupto, linear, mas também em espiral, entre o dentro e o fora. O movimento de ir, vir e devir impulsionado pela alusão possibilita a construção do sentido, quando revela, através das categorias da metáfora e da metonímia, do dito/não-dito/ausência/presença, da memória discursiva e da intertextualidade, o jogo alusivo construído pelo autor e pelo leitor em Água Viva, de Clarice Lispector, tornando-se, dessa forma, o projeto de leitura e escrita da obra, bem como é a própria metodologia do presente artigo. Assim, trazemos uma discussão ainda recente sobre o fenômeno de ler e escrever na contemporaneidade.
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