A valência genérica das cartas trocadas entre Mário de Andrade e Carlos Drummond
uma inter-relação com a embreagem paratópica
DOI:
https://doi.org/10.14393/DLv18a2024-39Palavras-chave:
Valência genérica, Cena genérica, Embreagem paratópica, Cartas, Mário e DrummondResumo
O objetivo dessa pesquisa foi analisar a coletânea das cartas completas trocadas entre Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade, publicada pela Editora Bem-Te-Vi (2002), sob à luz da teoria da valência genérica proposta por Maingueneau (2015). A metodologia mobilizada teve o intuito de verificar os modos pelos quais se estabelece o imbricamento e a inter-relação entre a valência genérica (interna e externa), a cena genérica e a embreagem paratópica. Diante disso, a hipótese levantada foi de que há uma inter-relação entre a valência genérica, a cena genérica e a embreagem paratópica, o que pode confirmar a efetividade da postulação de que a cena genérica (o gênero do discurso) funciona também como um embreante paratópico. Desse modo, após as análises, foi possível afirmar, enquanto resultado, que a coletânea em questão (cena genérica), por meio de suas valências genéricas interna e externa, embrea paratopicamente as condições de autores/produtores/escritores dos Andrades sobre suas práticas discursivas específicas de troca de cartas. Nessa perspectiva, portanto, concluiu-se que a hipótese pode ser sustentada.
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