Descrição e análise de sinais depictivos na libras
DOI:
https://doi.org/10.14393/DLv18a2024-32Palavras-chave:
Libras, Sinais depictivos, Construções depictivas, GlosasResumo
Segundo Liddell (2003), existem verbos na língua de sinais americana, ASL (do inglês American Sign Language), que têm a propriedade de depictar (mostrar) propriedades visuais e topográficas de entidades. Liddell propõe três categorias de verbos depictivos: uma se refere a verbos que depictam a presença de uma entidade em um lugar; uma segunda, a forma e a extensão de uma superfície ou a extensão de um arranjo linear de entidades individuais e, por fim, uma terceira inclui verbos que depictam o movimento ou a manipulação de entidades. O objetivo deste trabalho foi identificar, descrever e analisar sinais depictivos na libras. Para isso, analisamos, através do ELAN, uma contação em libras da “história da pera” por uma sinalizante surda da cidade de São Paulo. Como resultado, identificamos 35 sinais depictivos. Sua análise requereu a criação de uma nova categoria para abrigar construções simultâneas em que sinais depictivos diferentes são produzidos ao mesmo tempo, um em cada mão. Além disso, essa análise mostrou diferenças formais, em comparação com a ASL, na classe dos sinais que depictam tamanho e extensão de entidades.
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