Reconhecendo os termos dos saberes das Parteiras Tradicionais brasileiras

reflexões iniciais para uma abordagem cultural da Terminologia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/Lex-v8a2022/23-7

Palavras-chave:

Patrimônio Cultural Imaterial, Parteiras Tradicionais, Terminologia Cultural, Corpus Especializado, Extração Terminológica

Resumo

Esta pesquisa insere-se sob o enfoque dos estudos da Terminologia Cultural. O objetivo central do trabalho é oferecer as bases teórico-metodológicas para um estudo cujo objetivo principal é o reconhecimento de termos na linguagem empregada pelas Parteiras Tradicionais brasileiras (PT) na representação de seus saberes, sendo essa linguagem pautada na oralidade. Para tanto, foi compilado um corpus textual composto de textos acadêmicos acerca do tema das PT, que também se pautam nas transcrições de entrevistas feitas a essas mulheres. Em seguida, foi realizada uma primeira testagem de extração terminológica, a fim de identificar de que forma esses saberes são representados e definidos. Nessa etapa, identificaram-se termos simples, sintagmáticos e fraseologias que representam fazeres especializados do ofício das parteiras. Finalmente, apresentaram-se como principais conclusões a constatação da necessidade de estabelecer bases quanto à constituição do registro de linguagem do corpus (oral e escrito), considerando, por um lado, a possibilidade de criar corpora que se complementam e, por outro, a necessidade de se problematizar noções como a de comunidade de fala e comunidade discursiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Manuela Arcos, UFRGS

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (PPG-Let) e professora temporária no Departamento de Línguas Modernas do Instituto de Letras (UFRGS).

Cleci Bevilacqua, UFRGS

Professora Doutora do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Sandra Dias Loguercio, UFRGS

Professora Doutora do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPG-Let) e do Departamento de Línguas Modernas do Instituto de Letras (UFRGS).

Referências

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/legislacao/constituicao_federal_art_216.pdf

BRASIL. Decreto nº 3551 de 4 de agosto de 2000. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3551.htm

CABRÉ, M. T. Terminología: representación y comunicación. Una teoría de base comunicativa y otros artículos. Barcelona: Universitat Pompeu Fabra, Instituto Universitário de Linguística Aplicada, 1999. DOI https://doi.org/10.1075/tlrp.1

DIKI-KIDIRI, M. Un enfoque cultural de la terminología. Debate Terminológico, n° 5, ago. 2009.

GAUDIN, F. Pour une socioterminologie. Des problèmes sémantiques aux pratiques institutionnelles. Rouen: Publications de l ́Université de Rouen, 1993.

HYMES, D. Foundations in sociolinguistics: an ethnographic approach. New Jersey: University of Pennsylvania Press, 1974.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Portaria n° 200, de 18 de maio de 2016. Dispõe sobre a regulamentação do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial – PNPI. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/legislacao/portaria_n_200_de_15_de_maio_de_2016.pdf. Acesso em: 11 fev.2022.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. O registro do Patrimônio Imaterial. 1ª edição. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/PatImaDiv_ORegistroPatrimonioImaterial_1Edicao_m.pdf.

LARA, L. F. Término y cultura: hacia una teoría del término. In: IULATERM (org.), Terminología y modelos culturales. 1ª ed. Barcelona, 1999. p. 39-60.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Parto e nascimento domiciliar assistidos por parteiras tradicionais: O Programa Trabalhando com Parteiras Tradicionais e Experiências Exemplares. 2010. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/parto_nascimento_domiciliar_parteiras.pdf. Acesso em: 11 fev.2022

NASCIMENTO, K. et al. A arte de partejar: experiência de cuidado das parteiras tradicionais de Envira/AM. Revista de Enfermagem. Vol. 13, n°2, Abr/Jun, 2009. DOI https://doi.org/10.1590/S1414-81452009000200012

OLIVEIRA, M. O. E. de. Da narrativa oral à representação do conhecimento. In: IX Congreso Isko-España. Valencia, 11 a 13 de março de 2009.

OLIVEIRA, M. O. E. de. A terminologia cultural no discurso oral popular amazônico. In: SIMÕES, M. do S. (org.). Memória e comunidade: entre o rio e a floresta. Belém: UFPA, 2000. p. 93-102.

SANTOS, B. de S. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2018.

SCHEWICKARDT et al. Parteiras Tradicionais: conhecimentos compartilhados, práticas e cuidado em saúde. 1ª ed. Editora Rede Unida: Porto Alegre, 2020.

SWALES, J. English in academic and research settings. Cambridge: Cambridge UP, 1990.

TEMMERMANN, R. Teoria Sociocognitiva da Terminologia. Cadernos de Tradução, n.17, p. 31-50, 2004.

UNESCO. Convenção para a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial. Paris, 17 de outubro de 2003. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/Convencao_Salvaguarda_Patrimonio_Imaterial.pdf.

Downloads

Publicado

24-05-2023

Como Citar

ARCOS, M.; BEVILACQUA, C.; LOGUERCIO, S. D. Reconhecendo os termos dos saberes das Parteiras Tradicionais brasileiras: reflexões iniciais para uma abordagem cultural da Terminologia. Revista GTLex, Uberlândia, v. 8, p. e0807, 2023. DOI: 10.14393/Lex-v8a2022/23-7. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/GTLex/article/view/69127. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)