O papel conservador da renovação terminológica: reflexões sobre a expressão 'expectativas de aprendizagem'
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL65-v32n3a2016-14Palavras-chave:
semântica, enunciação, ensinoResumo
A constante mudança de vocabulário descritivo das atividades escolares, por um lado aponta para um esvaziamento conceitual, por outro, é parte de uma estratégia de destituição da autonomia dos professores em relação aos conteúdos ministrados. Trata-se de uma virada ideológica que prioriza o como ensinar em detrimento do que ensinar (MILNER, 1984). Nesse sentido, a expressão 'expectativas de aprendizagem' é um das últimas pseudonovidades do jargão pedagógico, que tenta substituir os antigos objetivos de ensino. Nosso artigo mostra como tal processo pode ser visto em um documento oficial no qual as expectativas de aprendizagem são colocadas. Valendo-nos de conceitos da semântica da enunciação (GUIMARÃES (2005) e de análises conjunturais sobre a escola e a educação encontradas em DUFOUR (2009) e MILNER (1984) fazemos uma análise de partes de um documento da secretaria de Educação do Estado de São Paulo, em que tal expressão aparece e tentamos mostrar a imprecisão do termo ou sua equivalência semântico-discursiva a expressões como objetivos.Downloads
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