Variantes linguísticas para cangalha no falar paranaense: um estudo diacrônico, diatópico e diassexual
DOI:
https://doi.org/10.14393/Lex-v10a2025-5Palavras-chave:
Paraná, Variação lexical, CangalhaResumo
Este trabalho, fundamentado nos princípios da Geolinguística Tradicional (Coseriu, 1991), da Sociolinguística Variacionista (Labov, 2008 [1972]; Silva-Corvalán, 1989; Moreno Fernández, 1998) e da Geolinguística Pluridimensional (Thun, 2000), tem como objetivo: i) descrever as variantes lexicais para cangalha - objeto que se põe no pescoço de animais de criação para não atravessar a cerca, coletadas em fontes geolinguísticas paranaenses e ii) analisar a manutenção, expansão ou apagamento dessas formas nas perspectivas diacrônica, diatópica, diageracional e diassexual. Para tal, procedeu-se a um estudo comparativo entre os registros documentados, a partir da Questão 123, na Carta 61 do Atlas Linguístico do Paraná – ALPR (Aguilera, 1994) e os dados inéditos do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – ALiB-PR, Questão 54. Dada a constante mobilidade do campo para a cidade e a configuração do novo contexto vivenciado pelos informantes do ALiB-PR, os dados revelaram um número considerável de não-respostas e a baixa manutenção de antigas denominações específicas, como cangalha e canga na fala urbana.
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Referências
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