Inclusão intelectual no ensino regular: perímetro e área de regiões poligonais
DOI:
https://doi.org/10.14393/BEJOM-v1-n2-2020-53247Palavras-chave:
Déficit intelectual. Educação inclusiva. Materiais manipulativos.Resumo
Este artigo apresenta os principais resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar as possíveis contribuições de uma proposta utilizando materiais manipulativos para o ensino de perímetro e área de regiões poligonais com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental portadores de necessidades intelectuais. A pesquisa de cunho qualitativo, na modalidade estudo de caso, ocorreu em uma escola de ensino regular na cidade de Mairinque, no interior de São Paulo, e contou com a participação de três estudantes portadores de necessidades especiais (deficiência intelectual) e três alunos auxiliares, não portadores de necessidades especiais. As atividades realizadas com esses alunos tiveram a intenção de observar e analisar a interação dos estudantes portadores de necessidades especiais com o meio e a presença da mediação defendida nas ideias de Vygotski. Ao final do estudo, foi possível constatar que os materiais manipulativos auxiliaram o desenvolvimento da ludicidade e exerceram importante função na aprendizagem dos estudantes. A inserção dos materiais manipulativos no processo de construção do conhecimento contribuiu para a compreensão das noções de perímetro e área, ressignificar a relação mediadora com os colegas, valorizando sua ajuda, e reconhecer no material formas e métodos utilizados na vida cotidiana. Esses materiais facilitaram o entendimento dos conteúdos abordados, proporcionando forma lúdica para o aprendizado.
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