Crenças em matemática: reflexões sobre a interferência dos diversos contextos na aprendizagem
DOI:
https://doi.org/10.14393/BEJOM-v2-n4-2021-57108Palavras-chave:
Educação Matemática, Educação socioemocional, Formação Docente, Matemática Emocional, Pesquisa-Ação.Resumo
Este artigo pretende refletir sobre a visão e a prática de uma professora de matemática no que diz respeito aos afetos e às emoções relacionados à educação matemática, a partir de um recorte de uma pesquisa de mestrado realizada com alunos do 6º ano (incluindo Educação de Jovens e Adultos) de uma escola municipal da Baixada Fluminense. Os dados foram coletados a partir da observação-participante em uma aula de matemática, realizada sob os procedimentos teórico-metodológicos da pesquisa-ação (THIOLLENT, 2003[12]) e a análise foi desenvolvida a partir do referencial teórico com ênfase na matemática emocional de Chacòn (2003[3]). Concluiu-se que o professor deve considerar as demandas socioemocionais em busca de resultados efetivos na aprendizagem matemática. Isso significa também que sua formação deve ser condizente com as demandas do aluno e com a sua própria formação continuada, fazendo-se necessária uma investigação institucional, que contemple a profissão docente como dialógica e interdependente diante dos fatores emocionais. Portanto, este artigo potencializa questões, algumas vezes implícitas na prática pedagógica do professor de matemática, que requerem um olhar mais atento, porque têm a natureza afetiva emocional, incluindo crenças que podem ter sido estabelecidas durante os primeiros contatos com a matemática por parte do aluno. Os dados coletados e as discussões demonstraram que as possibilidades de refazer os vínculos afetivos são um caminho eficaz para a melhoria da qualidade das relações e do processo de ensino e de aprendizagem lógico-matemática.
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