Cartas Náuticas com Modelos SEP: Evolução Histórica, e Perspectivas para Hidrografia Brasileira
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Resumo
Os avanços das técnicas GNSS de alta precisão permitiram a diminuição das incertezas verticais dos levantamentos batimétricos, com uma melhor determinação do heave, do calado dinâmico e redução dos erros cotidais. Contudo, é necessário a determinação de um modelo de separação (SEP) entre o Datum da Carta Náutica (DCN) e o elipsoide de referência. Neste artigo será apresentada uma evolução histórica sobre o desenvolvimento de modelos SEP no mundo através de sete países: Estados Unidos, Canadá, Holanda, Arábia Saudita, Colômbia, Inglaterra e Brasil. O resultado das estratégias adotadas por países estrangeiros mostra incertezas de modelos SEP variando de 6,6 cm a 22,6 cm em relação ao ITRF. No caso do Brasil, é descrito um estudo pioneiro para o SEP da Baía de Guanabara, onde foi encontrada uma diferença média de 2,5 cm com um desvio padrão de 5,1 cm entre a superfície gerada com método de redução tradicional e por maré-GPS. Para uma cobertura nacional, é apresentado o projeto Alt-Bat, que prevê a utilização do geoide como referência vertical para os modelos hidrodinâmicos. Quanto às perspectivas, percebe-se um ciclo virtuoso para o desenvolvimento portuário: o investimento em dados ambientais, fornece uma maior acurácia de modelos SEP e menor incerteza dos levantamentos, propiciando maior calado, possibilidade do aumento no fluxo de cargas em portos e mais recursos para investimento. Por fim são apresentados os desafios a serem superados para a Hidrografia brasileira visando a determinação do DCN com uma acurácia de 10 cm em relação ao ITRF. Os modelos SEP são fundamentais para a integração de informações provenientes de diferentes referenciais verticais proporcionando uma navegação segura e gestão de processos costeiros.
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