DINÂMICA CARTOGRÁFICA E TOPONÍMICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (SECÚLO XVI - XX) RESULTADOS PRELIMINARES E PERSPECTIVAS FUTURAS

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Paulo Márcio Leal Menezes
Manoel do Couto Fernandes
Kairo da Silva Santos
Amanda Biondino Sardella
Rayanne Seidel Correa de Paula Cardoso
Sara Lemos Pinto Alves
Alan José Salomão Graça

Resumo

O Estado do Rio de Janeiro possui atualmente uma área de 43.696 km2, incorporando 92 municípios e 185 distritos,
bem como centenas de pequenas vilas e povoados. Possui uma rede hidrográfi ca que se espalha sobre o seu território,
a qual permitiu a penetração e ocupação do interior durante o período de colonização. Sua orografi a é definida por
áreas planas, onduladas e montanhosas, com diversas serras. Seus primeiros topônimos datam do fi nal de 1501 e início
de 1502, inclusive o mais conhecido, Rio de Janeiro, que denominou a atual Baía de Guanabara à primeiro de Janeiro
de 1502. A ocupação, no entanto, só inicia-se em 1503, com uma feitoria em Cabo Frio. O desenvolvimento de seu
território se deu com a criação das capitanias hereditárias, entre 1534 e 1759, visando inicialmente a colonização, a
administração e a proteção do território contra invasões estrangeiras. Neste período, porém, o território da Capitania do
Rio de Janeiro sofreu sensíveis alterações, sobretudo em sua formação territorial, com perdas e agregações territoriais.
Como província, ocorreram ainda algumas alterações, as quais praticamente só vieram a consolidar a maior parte de
seu território a partir de meados do século XIX, já durante o Império. Este trabalho tem por objetivo traçar um elo entre
a Cartografia Histórica do Estado do Rio de Janeiro e, em consequência, a sua formação territorial, bem como a sua
toponímia, realizando um estudo do seu desenvolvimento através da identificação e análise dos topônimos extraídos
dos diversos mapas históricos analisados. O território do Rio de Janeiro possui uma vasta cartografi a, desde o século
XVII, XVIII até os das de hoje, entretanto, muito pouco existe relativamente ao século XVI. Dessa forma, é possível,
com a identifi cação de topônimos nos mapas, a realização de análises que permitem inferir importantes conclusões
sobre a forma de ocupação, estrutura dos nomes, motivações toponímicas entre outras. Assim a metodologia desenvolvida foi a identifi cação e armazenamento dos topônimos obtidas nos diversos mapas, em um banco de dados, cada
uma posicionada em um sistema de coordenadas locais, relativo a cada mapa trabalhado. Cada nome geográfico foi caracterizado por uma coordenada pontual, mesmo que a geometria associado não o fosse. Após a realização de alguns
processos de georreferenciamento e ajustamento espacial, foi possível associar coordenadas geográficas a cada nome.
As análises efetuadas sobre os mapas, em relação à distribuição dos nomes, foram as seguintes: ocupação espacial,
densidade e tipo de feição. Relativamente aos nomes geográficos, foram analisados os aspectos da língua original e
motivação toponímica. Ainda foram estudadas as alterações toponímicas ocorridas sobre alguns dos nomes geográficos. Os topônimos serão incluídos na base de dados espaço-temporal do Estado do Rio de Janeiro, trabalho ainda em
desenvolvimento. Esta pesquisa dá continuidade ao trabalho sobre Cartografia Histórica e Toponímia do Estado do
Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Laboratório de Cartografia do Departamento de Geografia da Universidade Federal
do Rio de Janeiro.

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Como Citar
MENEZES, P. M. L.; FERNANDES, M. do C.; SANTOS, K. da S.; SARDELLA, A. B.; CARDOSO, R. S. C. de P.; ALVES, S. L. P.; GRAÇA, A. J. S. DINÂMICA CARTOGRÁFICA E TOPONÍMICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (SECÚLO XVI - XX): RESULTADOS PRELIMINARES E PERSPECTIVAS FUTURAS. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 67, n. 4, p. 837–850, 2015. DOI: 10.14393/rbcv67n4-49113. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/49113. Acesso em: 21 nov. 2024.
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