CARTOGRAFIA E TURISMO: DISCUSSÃO DE CONCEITOS APLICADOS ÀS NECESSIDADES DA CARTOGRAFIA TURÍSTICA

Conteúdo do artigo principal

Manoel do Couto Fernandes
Paulo Márcio Leal de Menezes
Marcus Vinicius Loureiro Carvalho da Silva

Resumo

Atualmente é notória a importância do turismo como atividade econômica para o desenvolvimento de uma determinada área. Entretanto, para que esta atividade seja bem sucedida, uma série de elementos deve ser levada em consideração, como investimentos de infra-estrutura de transporte, hotelaria, restaurantes, eventos e a organização da informação turística. Esta última possui uma importância primordial, podendo ser trabalhada em duas vertentes distintas: planejamento turístico, visando fornecer subsídios para o desenvolvimento turístico de uma localidade e orientação de turistas, voltada diretamente para o turista em visita a um sítio. Desta forma, o espaço geográfico de interesse turístico, sua estrutura, funcionalidade e dinâmica devem ser retratados através de documentos cartográficos que visem facilitar a tomada de decisões por parte dos planejadores do turismo e do próprio turista. Face ao exposto, a cartografia turística, no que tange a apresentação da informação turística geográfica, sob a forma gráfica, assume grande importância, na medida em que se torna responsável pela confecção de documentos cartográficos que funcionarão como base para o desenvolvimento da atividade turística, também possibilitando ao turista uma visão geral do espaço geográfico de interesse turístico, com informações que serão importantes para o planejamento das suas atividades de visitas e coordenação do seu tempo disponível. Para realizar essas ações, a ordenação das informações em diferentes hierarquias, conjugadas com uma visão global da área, permitindo ao usuário se posicionar no espaço e no tempo de forma simples e direta, é uma característica que deve acompanhar toda informação cartográfica turística. Por outro lado, os conceitos de transformações cartográficas, geométricas, projetivas e cognitivas (escala, projeções, generalização e simbolização), devem ser adaptados para uso em diferentes formas, tais como: mapas em papel, mapas digitais e publicações na internet. A noção de escala, por exemplo, é essencial para que o turista possa ter uma idéia de seus deslocamentos entre diferentes sítios. Entretanto, a generalização, muitas vezes violenta em mapeamentos turísticos, não pode mascarar informações que seriam vitais para que o turista possa se localizar em uma consulta ao mapa. O presente trabalho procura discutir alguns conceitos de cartografia e turismo aplicados às concepções da cartografia turística. Para tanto, inicialmente são apresentadas diferentes vertentes de trabalho para o mapeamento turístico, assim como, tecnologias antigas e novas de mapeamento. Posteriormente, é feita uma discussão de conceitos cartográficos, procurando ligá-los às necessidades do turismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
FERNANDES, M. do C.; MENEZES, P. M. L. de; DA SILVA, M. V. L. C. CARTOGRAFIA E TURISMO: DISCUSSÃO DE CONCEITOS APLICADOS ÀS NECESSIDADES DA CARTOGRAFIA TURÍSTICA. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 60, n. 1, 2008. DOI: 10.14393/rbcv60n1-44878. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44878. Acesso em: 22 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Manoel do Couto Fernandes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Manoel do Couto Fernandes é Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é o vice-coordenador do GEOCART (Laboratório de Cartografia do Departamento de Geografia da UFRJ). Atua na área de Geociências, com ênfase em Geoecologia e Geoprocessamento, orientando uma série alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado. Em suas atividades profissionais interage com vários colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos nas áreas de Geoprocessamento, Geoecologia, Cartografia, SIG, MDE, Geo-hidroecologia e Geomorfologia.

Paulo Márcio Leal de Menezes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

possui graduação em Engenharia de Geodésia e Topografia pelo Instituto Militar de Engenharia (1977), graduação em Engenharia pela Academia Militar das Agulhas Negras (1969), mestrado em Sistemas e Computação pelo Instituto Militar de Engenharia (1987) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é Vice Presidente Executivo da Sociedade Brasileira de Cartografia e professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde é o coordenador do GeoCart - Laboratório de Cartografia, do Dep. de Geografia. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Cartografia Básica, Cálculo de Ajustamento e Geodésia, atuando principalmente nos seguintes temas: cartografia, sensoriamento remoto, geoprocessamento, cartografia digital e cartografia histórica.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>