Avaliação de Áreas Provedoras de Serviços Ambientais na APA Municipal do Rio Uberaba, Minas Gerais

Conteúdo do artigo principal

Aline Claro de Oliveira
https://orcid.org/0000-0001-6088-9911
Julia Celia Mercedes Strauch
http://orcid.org/0000-0002-9225-0511
Amarildo da Cruz Fernandes
https://orcid.org/0000-0002-4550-4654

Resumo

A criação de Programas de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) é uma das políticas públicas que vem sendo adotadas para alinhar os interesses de proprietários de terras que se encontram localizadas em bacias hidrográficas que possuem mananciais utilizados para abastecimento público, aos interesses das companhias de água. Este trabalho objetiva identificar áreas provedoras do serviço ambiental que apresentam controle da erosão na Área de Proteção Ambiental (APA) municipal do rio Uberaba, criada para proteger o manancial de abastecimento público do município de Uberaba, MG. Para isso é utilizado o módulo de retenção de sedimentos do sistema InVEST (Integrated Valuation of Ecosystem Services and Tradeoffs), que utiliza como base a Equação Universal de Perda de Solo e criado um cenário hipotético em que as Áreas de Preservação Permanente (APPs) foram reflorestadas de acordo com a Lei 12.651/2012. Isto permitiu comparar os resultados da modelagem do cenário do ano de 2016 com o cenário hipotético. Como resultado identificou-se que as microbacias da APA municipal do rio Uberaba foram classificadas com perdas de solos médias (61%), média forte (27%), forte (2%), nula a pequena (6%) e moderada (4%). De acordo com a modelagem do InVEST, o total de sedimentos estimados pelas microbacias que compõem a APA municipal do rio Uberaba em 2016 foi de 2.620.062 ton/ano e para o cenário futuro foi de 1.258.989 ton/ano. Esse resultado indica que a recuperação de cerca de 6 km² de APPs pode reduzir a geração de sedimentos em 48%.

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Como Citar
OLIVEIRA, A. C. de .; STRAUCH, J. C. M.; FERNANDES, A. da C. Avaliação de Áreas Provedoras de Serviços Ambientais na APA Municipal do Rio Uberaba, Minas Gerais. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 73, n. 1, p. 296–312, 2021. DOI: 10.14393/rbcv73n1-51233. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/51233. Acesso em: 26 jul. 2024.
Seção
Artigos Originais
Biografia do Autor

Aline Claro de Oliveira, Instituto Ambiental Aondê

Especialista em Análise Ambiental e Gestão do Território pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas e Mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.  Atualmente é Coordenadora Executiva do Instituto Ambiental Aondê.

Julia Celia Mercedes Strauch, ENCE - Escola Nacional de Ciências Estatísticas UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui graduação em Engenharia Cartográfica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1986), mestrado em Ciências Geodésicas pela Universidade Federal do Paraná (1990) e doutorado em Engenharia de Sistemas e Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Atualmente é professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pesquisadora titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas. Tem experiência na área de Engenharia de Sistemas, com ênfase em Banco de Dados Geográficos e suas aplicações em análises espaciais.

Amarildo da Cruz Fernandes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui graduação em Engenharia de Minas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1988), Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1993) e Doutorado em Engenharia de Produção pela COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003). Atualmente é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Engenharia de Produção e Gestão Ambiental e atua, predominantemente, nos seguintes temas: Gestão Empresarial, Modelagem de Sistemas Dinâmicos e Sustentabilidade.