(Des)(a)fiando o horror
Leituras do conto “teia de aranha”, de mariana henríquez
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v39-2023-39Palavras-chave:
Escrita sul-americana, Feminismo, Horror, Violência, Mariana EnríquezResumo
Este trabalho objetiva uma leitura do conto “Teia de aranha” (2017), de Mariana Enríquez, de forma a ressaltar a importância da escrita sul-americana de horror contemporânea, que, também seguindo a tradição do macabro e cruel, aponta para temas avultados e prementes para a questão feminina atual, como violência de gênero, corpo, feminismo, terror psicológico e patriarcado. O artigo parte da simbologia da aranha não tanto como animal que captura e mata a presa, mas como um ser que também pode libertar e curar almas adoecidas. No caso do conto de Enríquez, percebe-se o quão enferma a protagonista se encontra ao se prender a um marido mordaz e perverso. Trata-se de um trabalho analítico, cuja metodologia pauta-se em teóricos que serão devidamente referenciados ao longo da escrita.
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