Estudos geolinguísticos na Amazônia Legal
desafios e contribuições
DOI:
https://doi.org/10.14393/DLv18a2024-30Palavras-chave:
Geolinguística brasileira, Atlas Linguísticos, Amazônia LegalResumo
Nas últimas décadas, tem-se observado um aumento significativo na produção de obras geolinguísticas que abordam os nove estados que compõem a região da Amazônia Legal. Todos esses estados apresentam atlas linguísticos estaduais, concluídos ou em fase de desenvolvimento, além de diversas outras obras mais específicas, voltadas para a descrição dialetal de cidades ou comunidades tradicionais, como apresentam Romano (2014; 2020) e Sanches (2022). Apesar dessa tendência crescente na geolinguística amazônica, muitos desses trabalhos permanecem pouco divulgados e sem a devida publicação. Este estudo tem como objetivo geral apresentar e discutir a produção de atlas linguísticos nesse território, os desafios enfrentados nesse processo e as contribuições dessas obras para a descrição das línguas presentes nesse amplo espaço político. Para alcançar esse objetivo, foi conduzido um levantamento junto aos autores dessas obras por meio de formulário on-line, visando promover discussões e ampliar o diálogo nesse campo. Foi observado que o fazer geolinguístico na Amazônia enfrenta dificuldades intrínsecas à própria realidade do espaço territorial, incluindo as longas distâncias e as dificuldades de acesso às comunidades, especialmente quando o deslocamento fluvial se faz necessário. Além disso, destaca-se a escassez de financiamento para a execução desses trabalhos, o que encarece o processo para os pesquisadores. Essa falta de financiamento também impacta na subsequente publicação dos trabalhos, limitando o acesso a teses ou dissertações às bibliotecas universitárias.
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