Modalização e argumentação
a sobremodalização, a remodalização e a comodalização nos livros de autoajuda do Papa Francisco
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL49-v16n1a2022-4Palabras clave:
Modalidade, Argumentação, Persuasão, Discurso de AutoajudaResumen
Neste trabalho, objetivamos descrever e analisar as diferentes modalizações (epistêmica, deôntica, volitiva e facultativa) e seus usos distintivos (sobremodalização, remodalização e comodalização) como estratégias argumentativas nos livros de autoajuda do Papa Francisco. Para isso, recorremos à tipologia das modalidades de Hengeveld (2004) e aos trabalhos relativos aos usos distintivos da modalização, no caso, Corbari (2016), Valentim (2017) e Gasparini-Bastos e Brunelli (2019). Após a análise dos livros, concluímos que as diferentes modalizações servem para confirmar informações pragmáticas já compartilhadas entre o líder religioso e os fiéis (epistêmica), instaurar avaliações subjetivas de regras e normas de conduta (deôntica), expressar capacidades e habilidades com o poder do divino (facultativa) e manifestar o que é desejável por parte da divindade (volitiva). Em relação aos usos distintivos, a comodalização é empregada para asseverar ou mitigar os conteúdos modais engendrados no discurso, enquanto a sobremodalização busca sobrepor a subjetivação de um conteúdo modal sobre o outro. Por seu lado, a remodalização pretende asseverar os valores modais expressos, mostrando a necessidade de concretização do evento descrito pelos predicados que estão sob a incidência do modalizador.
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