Anthroponymic uses of the X-eiro construction in Portuguese

a morphosemantic analysis of surnames

Authors

DOI:

https://doi.org/10.14393/DLv19a2025-22

Keywords:

Onomastics, Anthroponymy, Surnames, Formative -eir(o/a)

Abstract

This work is part of the scope of Anthroponymy, an onomastic branch dedicated to the study of personal names, the “anthroponyms”. The objective here is to investigate surnames coming from the Portuguese lexical heritage with the presence of the formative -eir(o/a) in order to understand the semantic information conveyed by such surnames, analyzing each case. This investigation is based on the research of Simões Neto (2020) and Rodrigues (2024), and founded on the theoretical principles of Cognitive Linguistics (Geeraerts, 2006; Haspelmath, 2003; Lakoff; Johnson, 2002). It used dated corpora, namely: a) the registration forms filled out by Portuguese immigrants who, between 1887 and 1889, registered at the Hospedaria de Imigrantes do Brás, in São Paulo; b) the passports of Portuguese immigrants who migrated to Brazil between 1888 and 1890, documents preserved by the University of Coimbra Archives; and c) the list of candidates approved in the first call of the Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), in 2017, in the public domain. Methodologically, the research is conducted in three stages: a) selection of corpora; b) collection of surnames, considering the presence of the formative -eir(o/a), totaling 105 occurrences; and c) etymological research through consultation the onomastic dictionaries of Nascentes (1952), Guérios (1981), and Machado (2003), main references in the Portuguese language, and also the dictionary of Cunha (2010), regarding the common lexicon. In conclusion, by comparing between the results of Simões Neto (2020) and Rodrigues (2024), a clear similarity is observed in terms of semantic analysis, with almost all categories verified in both works. For example, there is a predominance of surnames with the formative -eir(o/a) linked to the categories “Regional aspects, vegetation, or places of origin” and “Professional aspects, titles or utensils”, wich together represent 85% of the sample; but there is also an absence of surnames linked to the categories “anomalies” and “attitudinal”, found among common names – mainly when dealing with diseases or attitudes considered derogatory, perhaps because they constitute a kind of linguistic taboo. The work also contributes to the topic by combining the onomastic perspective with a cognitive analysis, focusing on morphosemantic aspects.

Downloads

Author Biographies

  • Letícia Santos Rodrigues, USP

    Doutora em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Filologia e Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo (PPGFLP/USP). 

  • Natival Almeida Simões Neto, UFBA

    Doutor e mestre na área de Linguística Histórica pelo Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura, da UFBA. Professor adjunto-A de Língua Portuguesa, com ênfase em Estudos Lexicais e Semânticos, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

References

AMARAL, E. T. R. Contribuições para uma tipologia de antropônimos do português brasileiro. Alfa: revista de Linguística, São Paulo, v. 55, n. 2, p. 63-82, 2011.

AMARAL, E. T. R.; SEIDE, M. S. Nomes próprios de pessoa: introdução à antroponímia brasileira. São Paulo: Blucher, 2020. DOI https://doi.org/10.5151/9786555500011

BARBOSA, R. Um panorama histórico da imigração portuguesa para o Brasil. Arquipélago História, Ponta Delgada, v. 7, p. 173-196, 2003. Disponível em: https://repositorio.uac.pt/handle/10400.3/387.

BOOIJ, G. Construction Morphology. Oxford: Oxford University Press, 2010. DOI https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199695720.013.0010

BYBEE, J. Língua, uso e cognição. Tradução de Maria Angélica Furtado da Cunha. São Paulo: Cortez, 2016.

CÂMARA JR, J. M. História e estrutura da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Padrão, 1997.

CARVALHINHOS, P. de J. As origens dos nomes de pessoas. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 1, n. 1, p. 1-18, 2007. DOI https://doi.org/10.14393/DL1-v1n1a2007-9

CUNHA, A. G. da. Dicionário etimológico da língua portuguesa. 4. ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2010.

DICK, M. V. de P. do A. Toponímia e Antroponímia no Brasil. 3. ed. São Paulo: Coletânea de Estudos, 1992.

GEERAERTS, D. Introduction. In: GEERAERTS, D. (ed.). Cognitive Linguistics: Basic Readings. Berlim: Mouton de Gruyter, 2006, p. 1-28. DOI https://doi.org/10.1515/9783110199901.1

GONÇALVES, C. A. Atuais tendências em formação de palavras. São Paulo: Contexto, 2016a.

GONÇALVES, C. A. Morfologia Construcional: uma introdução. São Paulo: Contexto, 2016b. DOI https://doi.org/10.7476/9788523218591.0003

GONÇALVES, I. Antroponímia das terras alcobacenses nos fins da Idade Média. Do Tempo e da História, Lisboa, v. 5, p. 159-200, 1972. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/handle/10451/38218. Acesso em: 20 abr. 2023.

GONÇALVES, I. Do uso do patronímico na baixa Idade Média portuguesa. Carlos Alberto Ferreira de Almeida: in memoriam, Porto, v. 1, p. 347-363, 1999. Disponível em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3190.pdf.

GUÉRIOS, R. F. M. Dicionário etimológico de nomes e sobrenomes. 3. ed. São Paulo: Ave Maria Ltda, 1981.

HASPELMATH, M. The geometry of grammatical meaning: Semantic maps and cross-linguistic comparison. In: TOMASELLO, M. (ed.). The New Psychology of Language. v. 2. Mahwah: Lawrence Erlbaum, 2003, p. 211-242.

LAKOFF, G.; JOHNSON, M. Metáforas da vida cotidiana. Coordenação de tradução: Mara Sophia Zanotto. Campinas: Mercado das Letras; São Paulo: Educ, 2002 [1980].

MACHADO, J. P. Dicionário onomástico etimológico da língua portuguesa. Lisboa: Horizonte: Confluência, 2003. v. 2.

MARCATO, C. Nomi di persona, nomi di luogo: introduzione all’onomastica italiana. Bologna: Il Mulino, 2009.

MAURER JR, T. H. A unidade da România Ocidental. São Paulo: Boletim da Cadeira de Filologia Românica da FFCL-USP, 1951.

MONTEIRO, N. G. Os nomes de família em Portugal: uma breve perspectiva histórica. Etnográfica, Lisboa, v. 12, p. 45-58, 2008. 2024. DOI https://doi.org/10.4000/etnografica.1599

NASCENTES, A. Dicionário etimológico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1952.

NUNES, N. N.; KREMER, D. Antroponímia primitiva da Madeira e Repertório onomástico histórico da Madeira (séculos XV e XVI). Tübingen: Niemeyer, 1999. DOI https://doi.org/10.1515/9783110909425

PETKOVA, G. Slavonic person names, derived from a roman agnomen. Speech and contexts, Bălţi, v. VIII, p. 17-21, 2016. Disponível em: http://dspace.usarb.md:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/3102/limbaj_context_1-2_2016.pdf?sequence=1&isAllowed=y#page=17. Acesso em: 7 out. 2024.

RODRIGUES, L. S. Antropônimos inovadores: de germânicos a baianos. Salvador: EdUFBA, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35102.

RODRIGUES, L. S. Caminhos da imigração: os sobrenomes que contam histórias. 2024. 498 f. 2 tomos. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2024.

RODRIGUES, L. S. Neologismos antroponímicos com base na utilização de formativos germânicos no Brasil. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016.

RODRIGUES, L. S. Neologia antroponímica: o que os nomes de origem germânica têm a nos dizer? 2019. 655 f. 2 tomos. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.

RODRIGUES, L. S. Onomástica e imigração: investigando os sobrenomes portugueses. In: SIMÕES NETO, N. A.; SANTOS, A. V. dos; NASCIMENTO, H. I. de O. (org.). Língua portuguesa: temas em Filologia e Linguística Histórica. Feira de Santana: UEFS Editora, 2023. p. 165-182.

RODRIGUES, L. S. O papel da Morfologia Construcional na formação de antropônimos neológicos. Revista Linguí∫tica, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 108-123, 2020. DOI https://doi.org/10.31513/linguistica.2020.v16n1a31661

RODRIGUES, L. S.; VIARO, M. E. Antroponímia brasileira: considerações sobre neologia a partir do modelo bitemático germânico. In: SOLEDADE, J.; SIMÕES NETO, N. A. (org.). Nomes próprios: abordagens linguísticas. Salvador: EdUFBA, 2021. p. 75-98.

SANTOS, M. L. F. de O. S. A Onomástica, o indivíduo e o grupo. Arquipélago História, Ponta Delgada, v. 7, p. 229-242, 2003. Disponível em: https://repositorio.uac.pt/bitstream/10400.3/389/1/Maria_Santos_p229-242.pdf.

SEIDE, M. S. Definições e usos dos termos “Antroponímia” e “Antroponomástica” em dissertações e teses do Observatório Onomástico (O-Onoma). In: AMARAL, E. T. R.; SEIDE, M. S.; RECH, G. C. (org.). Os nomes próprios no Brasil: contribuições do Observatório Onomástico (O-Onoma). São Paulo: Pontes, 2024. p. 63-87.

SIMÕES NETO, N. A. O esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcional. 2020. 5 v. Tese (Doutorado em Língua e Cultura) – Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2020.

SIMÕES NETO, N. A.; SOLEDADE, J. Nomes masculinos X-son na antroponímia brasileira: uma abordagem morfológica, histórica e construcional. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, v. 26, n. 3, p. 1-56, 2018. DOI https://doi.org/10.17851/2237-2083.26.3.1295-1350

SIMÕES NETO, N. A.; VIARO, M. E. Investigação histórica do sufixo -eir- na nomeação de vegetais em língua portuguesa. Studia Universitatis Babes-Bolyai Philologia, Bucareste, v. 4, p. 127-146, 2021. DOI https://doi.org/10.24193/subbphilo.2021.4.08

SOLEDADE, J. Experimentando esquemas: um olhar sobre a polissemia das formações [Xi-EIR-]Nj no português arcaico. Diadorim: Revista de Estudos Linguísticos e Literários, Rio de Janeiro, v. 1, n. especial, p. 83-111, 2013. DOI https://doi.org/10.35520/diadorim.2013.v0n0a4008

SOLEDADE, J.; LOPES, M. Uma proposta de revisão do conceito de morfema. In: ALMEIDA, A. A. D.; SANTOS, E. S. dos; SOLEDADE, J. (org.). Saberes lexicais: mundos, mentes e usos. Salvador: EdUFBA, 2015. p. 429-461.

VASCONCELOS, J. L. de. Antroponímia portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional, 1928.

VIARO, M. E. A Morfologia Histórica e os estudos etimológicos da língua portuguesa. Diadorim: Revista de Estudos Linguísticos e Literários, Rio de Janeiro, número especial, p. 39-64, 2013. DOI https://doi.org/10.35520/diadorim.2013.v0n0a4006

VIARO, M. E. A derivação sufixal do português: elementos para uma investigação semântico-histórica. 2011. 220f. Tese (Livre-docência) − Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

WARTBURG, W. V. La fragmentación lingüística de la Romania. Madrid: Gredos, 1952.

Published

2025-05-29

How to Cite

RODRIGUES, Letícia Santos; SIMÕES NETO, Natival Almeida. Anthroponymic uses of the X-eiro construction in Portuguese: a morphosemantic analysis of surnames. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 19, p. e019022, 2025. DOI: 10.14393/DLv19a2025-22. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/77738. Acesso em: 12 jul. 2025.