Nomes próprios de pessoa em línguas de sinais

uma discussão acerca das nomenclaturas adotadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/Lex-v9a2023/24-15

Palavras-chave:

Línguas de sinais, Nomenclatura, Sinais de nomes próprios, Antroponomástica

Resumo

Este artigo tem por objetivo levantar a nomenclatura utilizada para designar os sinais de nomes próprios em pesquisas realizadas sobre este objeto de estudo em diferentes línguas de sinais. Para tanto, parte-se da busca por termos utilizados em trabalhos realizados sobre diferentes línguas de sinais. Esta pesquisa caracteriza-se como teórica, que apresenta abordagem clássica da classe gramatical nome para então situá-la no âmbito da antroponomástica. Como resultados, foram encontradas diferentes nomenclaturas para designar os sinais de nomes próprios em diferentes trabalhos acerca das línguas de sinais. Parte destes termos parecem ser traduções de termos já existentes em trabalhos pioneiros. Como conclusões, aponta-se que em pesquisas brasileiras, embora haja diferenças nos termos traduzidos, há evidências de que são equivalentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriele Cristine Rech, UEMS

Doutora em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

Fabíola Sucupira Ferreira Sell, UDESC

Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professora associada da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Referências

AMARAL, E. T. R.; SEIDE, M. S. Nomes próprios de pessoa: introdução à antroponímia brasileira. São Paulo: Blucher, 2020. Disponível em: https://www.blucher.com.br/livro/detalhes/nomes-proprios-de-pessoa-introducao-a-antroponimia-brasileira-1614. Acesso em: 24 ago. 2023. DOI https://doi.org/10.5151/9786555500011

BARROS, M. E. Taxonomia Antroponímica nas Línguas de Sinais: a motivação dos Sinais-nomes. RE-UNIR, Rondônia, v. 5, n. 2, p. 40-62, 2018. DOI https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.5.n.2.p.40-62

BIDERMAN, M. T. C. Terminologia e Lexicografia. Tradterm, v.7, p. 153-181, 2001. DOI https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.tradterm.2001.49147

BÖRSTELL, C. Types and trends of name signs in the Swedish Sign Language Community. SKY Journal of Linguistics, Finlândia, v. 30, p. 22-54, 2017.

CÂMARA JR., J. M. Estrutura da língua portuguesa. 25. ed. Petrópolis: Vozes, 1998 [1970].

CASTILHO, A. T. Nova Gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2010. DOI https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v13i1p7-16

CAMACHO, R. G.; DALL’AGLIO-HATTNHER, M. M.; GONÇALVES, S. C. O substantivo. In: ILARI, R. (org.) Palavras de classe aberta. São Paulo: Contexto, 2014. p. 13-63. (Gramática do português culto falado no Brasil, v. 3) [1. ed. Ed. Unicamp, 2008].

DAY, L.; SUTTON-SPENCE, R. British sign name customs. Sign Language Studies, Washington, v. 11, n. 1, p. 22-54, 2010. DOI https://doi.org/10.1353/sls.2010.0005

DELAPORTE, Y. Des noms silencieux. Le système anthroponymique des sourds français. L’Homme, tome 38, p. 7-45, 1998. DOI https://doi.org/10.3406/hom.1998.370454

DIRK, M. V. de P. do A. A motivação toponímica: princípios teóricos e modelos taxeonômicos. 1980. 351f. Tese (Doutorado em Letras. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1980.

FERREIRA-BRITO, L. Similarities and Differences in Two Sign Languages. Sign Language Studies, Silver Spring, v. 42, p. 45-46, 1984. DOI https://doi.org/10.1353/sls.1984.0003

FERREIRA-BRITO, L. F. Por uma gramática de língua de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.

MOURA NEVES, M. H. de M. Gramática de usos do português. São Paulo: Ed. Unesp, 2000.

QUADROS, R. M.de, et al. (org.). Gramática da Libras: volume 2. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Educação de Surdos, 2023.

PAALES, L. On the system of person-denoting signs in Estonian Sign Language. Sign Language Studies, Washington, v. 10, n. 3, p. 317-335, 2010. DOI https://doi.org/10.1353/sls.0.0048

PAALES, L. Name signs for hearing people. Folklore, Estônia, n. 47, p. 43-76, 2011. DOI https://doi.org/10.7592/FEJF2011.47.paales

PAVEL, S.; NOLET, D. Manual de Terminologia. Ottawa, Canada: Travaux publics et Services gouvernementaux, 2002.

PERINI, M. A. Sofrendo a gramática: ensaios sobre a linguagem. 2. ed. São Paulo: Ática, 1999.

PERINI, M. A. Princípios de linguística descritiva: introdução ao pensamento gramatical. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

RECH, G. C. A tradução dos nomes das personagens bíblicas para a Língua Brasileira de Sinais: analisando o manual o clamor do silêncio. Revista Linguística, Rio de Janeiro, v.16, n.3, p. 404-424, 2020. DOI https://doi.org/10.31513/linguistica.2020.v16n3a35914

RECH, G. C. Estudo dos nomes próprios de pessoas na Libras: Onomástica e Linguística Cognitiva em diálogo. 249 f. Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2022.

RECH, G. C.; SEIDE, M. S.; SELL, F. S. F. A nomeação de pessoas em diferentes comunidades surdas. Revista Investigações, Recife, v. 33, n. 2, p. 1-24, 2020. DOI https://doi.org/10.51359/2175-294x.2020.241650

RECH, G. C.; SELL, F. S. F. Os sinais de nome na Língua Brasileira de Sinais. Anais. I Congresso Internacional de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais e II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais, Brasília, Distrito Federal, Brasil, 2019.

RECH, G. C.; SELL, F. S. F. Os sinais de nome atribuídos no contexto acadêmico: uma abordagem Antroponomástica. Onomástica desde a América Latina, Cascavel, n.2, v.1, p. 67-81, 2020. DOI https://doi.org/10.48075/odal.v1i2.25446

RECH, G. C.; SELL, F. S. F. Antropônimos ficcionais em personagens de histórias clássicas infantis traduzidas para Libras. Revista (Com)Textos Linguísticos, v. 15, n. 32, p. 166-179, 2021. DOI https://doi.org/10.47456/cl.v15i32.35901

RECH, G. C. ; SELL, F. S. F. Atribuição de sinais de nome a ouvintes no contexto educacional: a questão das crenças e atitudes. In: GIANOTTO, A. de O.; CABRAL, Camila de A.; SILVA, F. B. (org.). Pesquisas atuais sobre a educação de surdos: perspectivas e inovação. Curitiba: CVR, 2022. p. 175-189. DOI https://doi.org/10.24824/978652511959.5.175-190

SEIDE, M. S.. Libras: de língua natural a língua histórica. In: BIDARRA, J.; MARTINS, T. A.; SEIDE, M. S. (org.). Entre a Libras e o Português: desafios face ao bilinguismo. Cascavel, PR: EDUNIOESTE; Londrina: EDUEL, 2016. p. 45-68.

SOUSA, A. M. de; OLIVEIRA, G. C. S. de; GONÇALVES FILHO, J. S. T. G.; QUADROS, R. M. de. Antroponímia em línguas de sinais: os sinais-nome de Florianópolis, Brasil. Revista Humanidades e Inovação, v. 7 n. 26, p. 112-124, 2020. DOI https://doi.org/10.1590/010318135158183181

SOUZA, I. L.; GEDIEL, A. L. Os sinais dos surdos: uma análise a partir de uma perspectiva cultural. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 56, n. 1, p. 163-185, 2017. DOI https://doi.org/10.1590/010318135158183181

STOKOE, W. C. Sign Language Structure. Silver Spring, Linstok Press, 1960.

SUPALLA, S. J. The arbitrary name sign system in American Sign Language. Sign Language Studies, Washington, v. 67, p. 99-126, 1990. DOI https://doi.org/10.1353/sls.1990.0006

Downloads

Publicado

02-07-2024

Como Citar

RECH, G. C.; SELL, F. S. F. Nomes próprios de pessoa em línguas de sinais: uma discussão acerca das nomenclaturas adotadas. Revista GTLex, Uberlândia, v. 9, p. e0915, 2024. DOI: 10.14393/Lex-v9a2023/24-15. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/GTLex/article/view/72936. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Estudos de léxico em linguas de sinais