Recursos de Geoprocessamento Aplicados à Análise da Declividade da Malha Cicloviária da Cidade de São Paulo
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Resumo
A enorme frota de veículos motorizados provoca impactos ambientais, congestionamentos e afeta a mobilidade urbana e a qualidade de vida. Nesse contexto, a mobilidade urbana sustentável sugere utilizar modos não motorizados para alterar tal realidade. Como exemplo tem-se as bicicletas, versáteis e não poluentes. O estímulo para seu uso centra-se em medidas governamentais, onde se insere a oferta de infraestrutura e de condições físicas adequadas, por exemplo a declividade. A literatura técnica recomenda que inclinações superiores a 5% sejam evitadas, pois exigem grande esforço físico dos ciclistas em subidas e podem levar, em descidas, à velocidades elevadas. Objetivando pesquisar a realidade de uma rede cicloviária quanto às suas inclinações, estudou-se a da cidade de São Paulo. Usando recursos de geoprocessamento, duas estratégias foram aplicadas: a primeira centrada na interseção das bases de dados vetoriais da malha cicloviária paulistana com carta de declividade; e a segunda na geração de um modelo digital de elevação a partir de curvas de nível e posterior atribuição de informações altimétricas para as vias da malha. Os resultados obtidos da primeira estratégia apontaram que 47% da malha paulistana é composta por trechos com greides superiores a 5%. A análise a partir das curvas de nível revelou que 17,9% da malha contêm trechos com inclinações maiores que 5%. Concluiu-se que a malha cicloviária paulistana possui grande parte de suas vias com declividades adequadas, as quais não oferecem maiores empecilhos ao uso das vias.
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