O BRINCAR E A EDUCAÇÃO
O ESPAÇO E O TEMPO DA INFÂNCIA NO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.14393/OT2018vXX.n.1.88-98Palavras-chave:
Educação, Formação Docente, Prática DocenteResumo
A infância tem sido objeto de estudo em nosso país, especialmente nas últimas décadas, o que levou a um avanço no âmbito do conhecimento científico e ainda na garantia de direitos das crianças. Em meio a esses estudos, o brincar e a educação nas instituições escolares, têm despertado debates e reflexões sobre as políticas que regulamentam a escolarização das crianças. O objetivo deste texto é analisar e discutir questões sobre o brincar e a criança de seis anos no 1º ano do ensino fundamental, considerando os espaços e tempos da infância vivenciados no cotidiano escolar. Este trabalho é fruto de uma pesquisa de mestrado realizada no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Uberlândia (ESEBA-UFU). Diante do contexto de ampliação do ensino fundamental para nove anos a partir da Lei n. 11.274, são vários os desafios que as escolas têm enfrentado na configuração de um currículo para o 1º ano do Ensino Fundamental que contemple as especificidades das crianças de seis anos. A pressão incisiva das famílias, das políticas públicas e até mesmo dos professores tem provocado uma aceleração do tempo de aprender, principalmente, quando a criança está em processo de alfabetização, muitas vezes, descaracterizando o brincar como atividade fundamental da infância. Nesse sentido, pesquisar a prática pedagógica desenvolvida com as crianças neste ano de ensino, permitiu a realização de um estudo acerca das atividades lúdicas desenvolvidas no cotidiano escolar, suscitando indagações sobre a possibilidade de garantir espaços-tempos de aprender com as múltiplas linguagens, diante do contexto de alfabetização, respeitando o tempo da infância e as especificidades da idade das crianças. Na tentativa de buscar respostas a esses questionamentos, apresenta-se, ao longo deste trabalho, alguns princípios teóricos que norteiam à temática, apontando possíveis contribuições de experiências que buscam a consolidação de ações que valorizem o lúdico enquanto elemento fundamental para o desenvolvimento das crianças a partir da pluralidade de vivências e experiências significativas.
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