O cinema e a representação da mulher feia como bruxa má no imaginário coletivo
Convenção das Bruxas (1990)
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v39-2023-17Palavras-chave:
Convenção das Bruxas, Mulher, Feia, Beleza, CinemaResumo
Este artigo tem como objetivo relacionar a representação das bruxas no cinema, tendo como escopo o filme Convenção das Bruxas 1990), com as questões referentes à aparência feminina. Desde os tempos mais remotos das civilizações, a figura de mulheres com poderes sobrenaturais, capazes de curar ou amaldiçoar, está presente no imaginário das pessoas. Com a ascensão do catolicismo na Idade Média, essas mulheres foram demonizadas, representando mais de 80% dos executados acusados de bruxaria. Com a ascensão dos movimentos feministas, as mulheres conquistaram espaço na sociedade, mas ainda sob o patriarcalismo, os instrumentos de controle se consolidaram no “mito da beleza”. As mídias contemporâneas, dentre elas o cinema e a literatura, contribuem ativamente para a manutenção desse sistema, criando e reforçando padrões de beleza. Mulheres que fogem a esse padrão são consideradas inadequadas e têm sua moral e suas capacidades questionadas, sendo, muitas vezes, representadas como figuras malignas.
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