Feiticeiras, sedutoras e perigosas

A representação do mito da sereia em "A perigosa Yara", de Clarice Lispector, e O Ciclo das Águas, de Moacyr Scliar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v39-2023-21%20

Palavras-chave:

Sereia, Feminino, Sedução, A perigosa Yara, O ciclo das águas

Resumo

Este artigo se propõe a analisar o mito da sereia nas narrativas “A perigosa Yara”, de Clarice Lispector, e O ciclo das águas, de Moacyr Scliar, observando-se aspectos alegóricos e representativos sobre o feminino, a partir das características difundidas pelas concepções judaico-cristãs. Possuindo beleza deslumbrante e canto maravilhoso, a imagem da sereia é associada, tradicionalmente, à sedução e ao encanto, elementos que, dentro de uma perspectiva patriarcalista, são vistos como perigosos, por propiciarem o engano dos homens, levando-os à ruína. No entanto, as sereias de “A perigosa Yara” e de O ciclo das águas podem ser vistas como manifestações de empoderamento, por não serem romantizadas nem se subjugarem aos homens com os quais se relacionam, mostrando-se, assim, como relevante atualização do mito, segundo uma nova perspectiva que compreende o feminino como autônomo e múltiplo em identidades.

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Biografia do Autor

Lunara Abadia Gonçalves Calixto, Universidade Federal de Uberlândia

Lunara Abadia Gonçalves Calixto, Doutora em Estudos Literários pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). E-mail: lunara_calixto@hotmail.com

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Publicado

2023-12-21

Como Citar

CALIXTO, L. A. G. Feiticeiras, sedutoras e perigosas: A representação do mito da sereia em "A perigosa Yara", de Clarice Lispector, e O Ciclo das Águas, de Moacyr Scliar. Letras & Letras, Uberlândia, v. 39, n. único, p. e3921 | p. 1–19, 2023. DOI: 10.14393/LL63-v39-2023-21 . Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/70901. Acesso em: 22 dez. 2024.