A Need of language politics for the teaching of English in higher education in Brazil

A brief reflection under the light of logistic factors

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v35nEsp2019-9

Palavras-chave:

Língua inglesa, Ensino/aprendizagem, Fatores logísticos, Política linguística

Resumo

Este texto versa sobre a necessidade de se repensar o ensino da língua inglesa na educação superior. O objetivo é mostrar como a dificuldade de aprendizagem dessa língua pode ser diagnosticada através de pesquisa educacional. À luz da Linguística Aplicada e da Pedagogia Crítica, este artigo desenvolve raciocínio no sentido de compreender que a simples oferta da língua inglesa, com a mera presunção de inclusão, pode não trazer os resultados desejados. Para ofertar a língua inglesa é preciso planejar, levando em consideração os fatores logísticos. Quando esses fatores não são levados em consideração, os aprendizes reagem por meio de atitudes negativas, que podem impedir a aprendizagem. Isso, de algum modo, sinaliza a necessidade de políticas linguísticas que reorientem a logística de ensinar/aprender inglês. Este artigo pretende fazer reflexão nesse sentido, apresentando resultados de uma pesquisa de cunho etnográfico, desenvolvida com alguns estudantes universitários, no Brasil, cujos dados evidenciaram atitudes negativas em relação a alguns fatores logísticos, no contexto de aprendizagem da língua inglesa. Assim, este texto está alinhado com os princípios da política linguística, levando em consideração os fatores logísticos para alcançar resultados melhores na sala de aula de língua inglesa.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Denise Scheyerl, UFBA

Professora Titular da Universidade Federal da Bahia. Atua no Programa de Pós Graduação
em Língua e Cultura (PPGLINC), na área aquisição, ensino e aprendizagem de
línguas. Doutora em Filologia pela Ludwig-Maximilian Universitat Munchen, Alemanha.

Flavius Almeida dos Anjos, UFRB

Licenciado em Letra com língua inglesa (UEFS)

Especialista em estudos linguísticos e literário (UFBA)

Mestre em L´íngua e Cultura (UFBA)
Doutor em Língua e Cultura (UFBA)
Professor Adjunto de língua inglesa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Referências

ABIDIN, M. J. Z.; POUR-MOHAMMADI, M.; ALZWARI, H. ELF Students’ attitudes towards learning English language: the case of Lybian secondary students. Asian Social Science, v. 8, n. 2, p. 119-134, 2012. https://doi.org/10.5539/ass.v8n2p119

AL-KHALIL, E. A. The role of English in present day higher education. Conference Paper, March 2015.

ALMEIDA FILHO, J. C. P. de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas, SP: Editora Pontes, 1993.

ANJOS, F. A. Ideologia e omissão nos livros didáticos da língua inglesa. Cruz das Almas: EdUFRB, 2019a.

ANJOS, F. A. O ensino da língua inglesa no Brasil: uma análise à luz do descaso. [in press], 2019b.

ANJOS, F. A. "Passei o semestre todo estudando o verbo to be": atitudes, (des)motivação e orientação para aprender inglês de alguns bacharelandos da UFRB. 2018. 254 f. Tese de Doutorado – Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, 2018.

BORTONI-RICARDO, S. M. O professor pesquisador. Introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

De OLIVEIRA, G. M. Políticas linguísticas: uma entrevista com Gilvan Müller de Oliveira. Revel, v. 14, n. 26, p. 382-399. 2016

DUTRA, D. P.; OLIVEIRA, S. B. Prática reflexiva: tensões instrucionais vivenciadas pelo professor de língua inglesa. In: BARCELOS, A. M. F.; VIEIRA-ABRAHÃO, M. H. (Org.). Crenças e ensino de línguas: foco no professor, no aluno e na formação de professores. Campinas, SP: Pontes, 2006, p. 177-188.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GARDNER, R. C. Social Psychology and second language learning: the role of attitudes and motivation. Edward Arnold, 1985.

GIMENEZ, T. Ensinar a aprender ou ensinar o que aprendeu? In: LIMA, D. C. (Org.). Ensino/aprendizagem de língua inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009, p. 107-112.

GIROUX, H. A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Tradução de Daniel Bueno. Porto Alegre: Artmed, 1997.

GROSSBERG, L. History, politics and postmodernism: Stuart Hall and cultural studies. Journal of Communication Inquiry, v. 10, n. 2, p. 61-77. 1986. https://doi.org/10.1177/019685998601000205

GUIMARÃES, S. É. R. Motivação intrínseca, extrínseca e o uso de recompensas em sala de aula. In: BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. (Org.). A motivação do aluno: contribuição da psicologia contemporânea. Petropólis, RJ: Vozes, 2001. p. 37-57.

JORDÃO, C. M. Decolonizing identities: English for internationalization in a Brazilian university. Interfaces Brasil/Canadá, Canoas, v. 16, n. 1, p. 191-209,2016.

JORGE, M. L. S. Preconceito contra o ensino de língua estrangeira na rede pública. In: LIMA, D. C. de. Ensino/aprendizagem de língua inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parabola Editorial, 2009. p. 161-168.

KARAHAM, F. Language attitudes of Turkish students toward the English language and its usage in Turkish context. Journal of Arts and Sciences, v. 7, p. 73-87, 2007.

KREMER, M.; VALCKE, M. Teaching and learning in English in higher education: a literature review. Edulearn, p. 1430-1441, 2014.

MARCHESI, A. Os alunos com pouca motivação para aprender. In: COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. (Org.). Desenvolvimento tecnológico e motivação. Transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. v. 3, p. 129-146.

McLAREN, P. Multiculturalismo revolucionário: pedagogia do dissenso para o novo milênio. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MOITA LOPES, L. P. (Org.). Por uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006.

OLIVEIRA, L. A. Ensino de língua estrangeira para jovens e adultos na escola pública. In: LIMA, D. C. de. Ensino/aprendizagem de língua inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009, p. 21-31.

PAIVA, V. L. M. O. Ensino de língua estrangeira e a questão da autonomia. In: LIMA, D. C. de (Org.). Ensino e aprendizagem de língua inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009, p. 31-38.

RAJAGOPALAN, K. Língua estrangeira e autoestima. In: RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica. Linguagem, identidade e questão ética. São Paulo: Parábola, 2003. p. 65-70.

SCHEYERL, D. Ensinar língua estrangeira em escolas públicas noturnas. In: LIMA, D. C. (Org.) Ensino/aprendizagem de língua inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 125-139.

SCHEYERL, D.; ANJOS, F. A. Mapeando atitudes, (des)motivação e orientação para aprender inglês. Revista Línguas e Letras, v. 19, n. 44, p. 59-74, 2018. https://doi.org/10.5935/1981-4755.20180025

SCHMITZ, J. R. Ensino/aprendizagem das quatro habilidades linguísticas na escola pública: uma meta alcançável? In: LIMA, D. C. de (Org.). Ensino e aprendizagem de língua inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 13-20.

TSUDA, S. Attitudes toward English Language Learning in Higher Education in Japan (2): raising awareness of the notion of global English. Intercultural Communication Studies, v. 12, n. 3, p. 61-75, 2003.

Downloads

Publicado

2019-10-23

Como Citar

SCHEYERL, D.; DOS ANJOS, F. A. A Need of language politics for the teaching of English in higher education in Brazil: A brief reflection under the light of logistic factors. Letras & Letras, Uberlândia, v. 35, n. especial, p. 183–199, 2019. DOI: 10.14393/LL63-v35nEsp2019-9. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/49179. Acesso em: 22 jul. 2024.