Baltasar do Couto Cardoso

Transgeneridades guerreiras no império colonial português

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v38-2022-01

Palavras-chave:

Donzelas-guerreiras, Transgeneridades guerreiras, Baltasar do Couto Cardoso, Maria Úrsula de Abreu e Lencastro, Gustavo Barroso

Resumo

Neste artigo, após breve apresentação sobre os estudos literários em torno das “donzelas-guerreiras”, e sobre o lugar ocupado por Baltasar do Couto Cardoso/Maria Úrsula de Abreu e Lencastro (1682-1730) dentro dessa perspectiva crítica, examinamos os primeiros textos históricos portugueses, brasileiros e luso-goeses a narrarem a sua vida, com especial interesse às repetições e rupturas entre essas narrativas. Foram lidos e discutidos dezessete textos publicados entre 1718 e 1928. Por fim, analisamos, em diálogo com os documentos históricos, A Senhora de Pangim (1932), de Gustavo Barroso, único romance a narrar a personagem histórica de Baltasar/Maria Úrsula.

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Biografia do Autor

Helder Thiago Maia, Universidade de São Paulo

Doutor em Literatura Comparada (UFF, 2018), pós-doutorando com bolsa FAPESP no. 2018/19521-4, na Universidade de São Paulo.

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Publicado

2022-12-31

Como Citar

MAIA, H. T. Baltasar do Couto Cardoso: Transgeneridades guerreiras no império colonial português. Letras & Letras, Uberlândia, v. 38, p. e3801 | 1–29, 2022. DOI: 10.14393/LL63-v38-2022-01. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/61236. Acesso em: 22 dez. 2024.