Entre a inocência e a experiência

Intermidialidade e representação na arte de William Blake

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v37n1-2021-11

Palavras-chave:

Intermidialidade, William Blake, Música, Filme, Quadrinhos

Resumo

Revolucionário na arte da gravura, o ilustrador e escritor inglês William Blake ficou famoso por confeccionar seus próprios livros, unindo poesia e ilustração em um mesmo meio físico, através da sua arte de impressão iluminada. Dessa relação entre verbal e não-verbal resultam imagens sinistras e violentas que transitam polemicamente entre os obscuros caminhos da religião e do misticismo, influenciando diretamente a cultura popular contemporânea. Nesse estudo, analisamos alguns aspectos da arte de Blake pelo viés da intermidialidade. A partir das ideias de representação simples e complexa, conceitualizadas por Lars Elleström (2017), investigamos como a arte de Blake é significada por outras mídias, a partir de processos de representação simbólica (descrição), indicial (indicação) e icônica (ilustração). Dentro desse escopo, apontamos alguns destaques que se aprofundam nas obras de Blake Canções da inocência e Canções da experiência, a graphic novel Moonshadow, o livro Dragão vermelho e músicas da banda U2.

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Biografia do Autor

Jose Arlei Cardoso, Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)

Doutorando em Letras – Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)

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Publicado

2021-06-30

Como Citar

CARDOSO, J. A. Entre a inocência e a experiência: Intermidialidade e representação na arte de William Blake. Letras & Letras, Uberlândia, v. 37, n. 1, p. 191–206, 2021. DOI: 10.14393/LL63-v37n1-2021-11. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/57594. Acesso em: 22 jul. 2024.