Jogos intermidiáticos na análise de O Alienista em quadrinhos
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v37n1-2021-06Palavras-chave:
Machado de Assis, narrativa, quadrinhos, imagens, ensinoResumo
O conto O Alienista (1882), de Machado de Assis, apresenta um quadro de abordagens intermidiáticas em que se encontram adaptações do texto para o cinema e para a TV, para livros e revistas em quadrinhos, para livros literários (em versão reduzida e recriada do texto machadiano), para o teatro e para a música. Esse enfoque variado de adaptações permite a circularidade do conto desde fins do século XIX aos dias de hoje, garantindo-lhe lugar de representatividade e de discussões em torno de seu aspecto canônico e, especialmente, em torno das contribuições dessa narrativa para a formação estética e política de diferentes leitores. Este artigo visa analisar o processo de adaptação do conto O Alienistana versão homônima de livro em quadrinhos, realizada por César Lobo (arte) e por Luiz Antônio de Aguiar (roteiro). O enfoque desenvolvido é baseado nas noções teóricas de intertextualidade e intermidialidade, considerando a complexidade dos jogos de imagens na literatura e nas narrativas gráficas e sua importância para a leitura do texto e para a exploração de narrativas gráficas em sala de aula.
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